Educadores da rede estadual de ensino de Minas Gerais programam paralisação em todo o Estado nestas quarta e quinta-feiras (21 e 22/9). Em Ponte Nova, o movimento deve afetar nove educandários, incluindo o Cesec Vera Parentoni.
Dentre as reivindicações, estão manifestações contra três projetos nacionais: um limita os planos de carreira, outro congela o piso salarial do magistério e um terceiro desvincula os royalties do petróleo para a educação.
Comitiva de Ponte Nova e região viaja para Belo Horizonte nesta quarta, quando haverá, após as14h, assembleia da categoria com outros itens de pauta, a exemplo da volta do pagamento dos salários até o quinto dia útil, e não pelo escalonamento imposto pelo Governo/MG, como informa o Sindicato Único dos Trabalhadores no Ensino/SindUTE.
O professorado ainda protesta contra a proposta de reforma da Previdência, que acaba com a aposentadoria especial, e a Lei da Mordaça – que veta discussões de temas como sexualidade, religião e política nas escolas. Existe ainda a defesa do cancelamento imediato do edital de privatização de escolas estaduais e urgência no cumprimento dos acordos assinados pelo Governo de Minas.
Conforme o portal do SindUTE, há informe de paralisação em nível nacional em diversos setores prevista para esta quinta-feira (22/9), pautando-se contra a “retirada de direitos que o governo golpista Michel Temer/PMDB tenta impor ao país”.
A paralisação em todo o Brasil, organizada pela Central Única dos Trabalhadores/CUT e outras Centrais Sindicais, busca adesão de diversas categorias do setor público e privado. Denunciam-se as “reformas da Previdência e Trabalhista, o desmonte do Sistema Único de Assistência Social, a privatização da saúde e da educação e a venda de estatais.
Há revolta contra a proposta de ampliação da terceirização no trabalho e da prevalência da negociação salarial em detrimento da legislação. Denunciam-se o “sucateamento” do serviço público, a política de Estado mínimo e de arrocho salarial e o desemprego.
“Estas e outras medidas inseridas na pauta neoliberal – derrotada pelos brasileiros nas eleições presidenciais de 2014 – surgem como forma de jogar todo o peso da crise do capitalismo nas costas de trabalhadoras e trabalhadores”, relata nota da CUT/MG.
Ainda nesta quinta-feira, em Belo Horizonte, prevê-se concentração para protesto a partir das 9h, na praça da Estação, com paralisação de servidores municipais e adesão de trabalhadores dos Correios, servidores administrativos das Universidades Federais e bancários. De acordo com o SindUTE, petroleiros e eletricitários de Minas ficarão parados, bem como trabalhadores da Saúde e da Copasa.
Ainda segundo a nota, após a manifestação, ocorrerá audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais sobre a Proposta de Emenda à Constituição 241, que propõe limitar investimentos nas áreas sociais por 20 anos.