Atingidos pelo rompimento, em nov/2015, da Barragem de Fundão protestam mais uma vez, em Barra Longa (foram duas ações em 2018 e 2019), nesta segunda-feira (27/9), em trecho da rodovia de acesso à cidade.
Eles impedem a passagem dos veículos pesados das empresas contratadas pela Fundação Renova e exigem avanço na reforma das casas afetadas pela passagem de tais veículos. Querem ainda continuidade de assessoria técnica pela Renova e celeridade no pagamento das indenizações aos atingidos.
Em 21/9, representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens/MAB debateram, numa live, o processo de indenização e reparação dos danos provocado pela lama da mineradora Samarco e suas sócias BHP Billiton e Vale.
Os atingidos de Barra Longa exigem agilidade no processo de mudança das famílias que estão em casas em situação de risco iminente, devido a rachaduras e danos causados pelas passagens constantes dos caminhões da Renova pela cidade. Os atingidos também buscam o reconhecimento das mulheres como atingidas e pagamento de auxílio financeiro emergencial para elas.
Balanço da Renova
A Fundação Renova não se manifestou sobre o protesto. Em data recente, todavia, divulgou balanço das ações em Barra Longa, com base no Plano de Adequação Socioeconômica e Ambiental:
– Total de 3.360 horas de assistência técnica e extensão rural e restauração florestal das Áreas de Preservação Permanente com estes números: 987 hectares de recuperação e plantio agrícola; 14 hortas e 19 pomares concluídos e previsão de se chegar a 25 hortas e 44 pomares neste ano; 456 estruturas, como porteiras, mata-burros, cochos e bebedouros; 18 estruturas de chiqueiros, galinheiros, currais e paióis; e 174km de cerca para proteção das APPs e restauração de 50 hectares de mata nativa.
Na área urbana, avanço na obra do novo Parque de Exposições e correção em 153 metros de rede de esgoto no bairro Volta da Capela.