A comunidade pontenovense de Simplício também foi atingida pela lama de rejeitos da mineradora de Mariana, na tragédia de 5/11. Trechos de propriedades rurais à margem do rio Carmo, próximas do encontro com o rio Piranga, foram afetados com muita lama, como constatou a Defesa Civil em recente vistoria.
O caso repercutiu em 30/11, na Câmara Municipal, por conta de depoimento de Patrícia Castanheira/Rede. Ela visitou, na semana passada, cinco famílias que tiveram perdas em seus terrenos. Dois funcionários da Samarco estavam lá avaliando a situação e desobstruindo algumas estradas.
“Essas casas ficam bem em frente à Fazenda Porto Alegre (na outra margem do rio, já em área riodocense). O ‘mar de lama’ destruiu as matas ciliares e poluiu córregos”, afirmou Patrícia, que ouviu, dos agricultores, reclamações sobre plantações perdidas (principalmente árvores frutíferas) e processo de "cimentação" das áreas onde a lama com minério ficou acumulada.
A vereadora salientou que pouco foi divulgado sobre os prejuízos causados pelos rejeitos em Ponte Nova. A Secretaria de Desenvolvimento Rural/Sedru informou, ao ser procurada por esta FOLHA, que enviou equipe para o local retirando a lama que atingiu trecho da estrada e providenciando desobstrução de tubulação de esgoto. Moradores informaram que representantes da empresa Samarco (foto) visitaram o local em meados de novembro.