O conteúdo desta matéria é exclusivo para os assinantes.

Convidamos você a assinar a FOLHA: assim, você terá acesso ilimitado ao site. E ainda pode receber as edições impressas semanais!

Já sou assinante!

― Publicidade ―

Festa no Triângulo e show da Banda Santíssima Trindade em Matipó

A Festa da Santíssima Trindade teve caprichada programação cultural. A Banda Santíssima Trindade toca na praça Padre Fialho, em Matipó.

FOLHA na WEB

Tensão habitacional

InícioREGIÃOMAB diz que Samarco dificulta o reassentamento em Gesteira

MAB diz que Samarco dificulta o reassentamento em Gesteira

Nota de 1°/4 do Movimento dos Atingidos por Barragens/MAB informou que a população da localidade rural de Gesteira, em Barra Longa, continua sofrendo com as consequências do desastre ambiental provocado pelo vazamento de rejeitos de minérios da Samarco.

O MAB protesta com respaldo de Grupo de Estudos e Pesquisas Socioambientais/Ufop, Grupo Política, Economia, Mineração, Ambiente e Sociedade/UFJF e Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Mobilizações Sociais/Ufes.

O texto denuncia que a Samarco trabalha de forma a negar o direito ao reassentamento. “Reivindicamos que o governador Fernando Pimentel/PT atue com a mesma rapidez e diligência com que atuou na questão do DiqueS4/Mariana e resolva esta questão respeitando decisão popular já tomada há mais de 8 meses”, diz o texto para arrematar:

“Não fazer o reassentamento de Gesteira viola o direito das famílias atingidas na localidade, mas também o do município de Barra Longa. Desenvolve-se política de manipular as informações e vencer as famílias pelo cansaço com uma agenda de intermináveis reuniões nas quais nada se decide, além de estimular a divisão da comunidade e a multiplicação de boatos contra todos aqueles que buscam contribuir com a organização e a autonomia dos atingidos”.

O problema se estende desde o dia seguinte ao rompimento da Barragem de Fundão, quando a lama destruiu 13 casas e inundou a escola e a capela (foto), o campo de futebol e o comércio, arrasando pequenas propriedades rurais ao longo do rio do Carmo, além de isolar a parte alta do povoado – chamada de Mutirão.

Como parte do seu plano de reparação, a Samarco prometeu refazer casas e prédios públicos (a escola já tem nova sede, e a capela foi restaurada, entre outras providências). Ocorre que, no caso do reassentamento das famílias atingidas, 95% do moradores votaram pelo terreno chamado de “Macacos”, prevendo 9 casas, espaços coletivos e onze lotes para produção de alimentos.

“A Vale, a BHP Billiton e a Samarco fizeram ampla publicidade desta votação passando para a sociedade a mensagem de que estavam ‘fazendo o que tinha que ser feito’. Mas, infelizmente o que se viu nos meses seguintes foi a destruição da expectativa e dos sonhos das famílias conduzindo a situação para um processo de negação do reassentamento quando deveriam cumprir o que havia sido acordado”, assinala nota do MAB, respaldada por diversas entidades.

Segundo o informe, “no segundo semestre de 2016, a empresa não apresentou uma definição sobre a compra do terreno. E em suas inúmeras reuniões com as famílias, coordenadas por suas consultorias, a mineradora afirmava simplesmente que estava prosseguindo com as negociações”.

Ainda conforme o MAB, “a Samarco passou a afirmar que os donos não queriam mais negociar a terra nas mesmas medidas e localização aprovadas pelos atingidos.Neste contexto, a Samarco apresentou uma proposta de nova medida e localização para o reassentamento, porém numa área que inclui parte de terreno de uma família já atingida e que estava em litígio de usucapião”.

 Ainda conforme o MAB, em 16/3, a Samarco realizou reunião na comunidade enviando analistas e consultores, os quais, segundo o Movimento, insistiram em representações arquitetônicas e urbanísticas que os moradores não compreendem.

Nesta semana, a Samarco ainda não se manifestou sobre o documento do MAB e das entidades universitárias.

 

error: Conteúdo Protegido