Às 9h30 desta terça-feira, 2/5, o sargento Davi e o tenente Roonei, da Polícia Militar de Ponte Nova, deslocaram-se para Santana do Deserto, região rural de Rio Doce, para comandar – ao lado do Destacamento da PM riodocense – as negociações com manifestantes do Movimento dos Atingidos por Barragens/MAB, os quais ocuparam a ponte de acesso à estrada daquele povoado.
Com o protesto, o MAB e grupo de atingidos pela tragédia da Samarco (rompimento da Barragem de Fundão em novembro de 2015) informam, via redes sociais, que paralisam parte das obras de recuperação no entorno da Usina Hidrelétrica/UHE de Candonga, interditada desde o acidente.
Segundo a nota do MAB, "os atingidos cobram reconhecimento dos garimpeiros artesanais, entrega do cartão subsistência, agilidade nas indenizações, alternativas para geração de emprego e renda – comprometida com o fim do turismo de pesca na região". Eles ainda reivindicam "o reconhecimento de famílias atingidas pelo processo de reconstrução do entorno na barragem de Candonga, o qual gera novos problemas, inclusive mortes".
Justamente por isto, “o ato também destaca a morte de atingidos de Rio Doce em recente colisão entre uma moto (na qual estavam) e um caminhão de empresa terceirizada da Samarco. Morreram Ricardo Pereira de Freitas, 34 anos, e seu enteado, Adrian Eduardo Pereira, de 10 anos”, como conclui a nota.