A Prefeitura de Mariana suspendeu, a partir das 16h de ontem, domingo (15/11), o recebimento de donativos aos atingidos pelo rompimento das barragens.
Segundo nota da Administração Municipal, o objetivo da decisão é fazer o levantamento da quantidade de itens doados (e recolhidos ao ginásio poliesportivo local) e verificar se o que foi conseguido atende as necessidades da população afetada pelo desastre ambiental. Ainda segundo o órgão, a preocupação é evitar o desperdício do que foi arrecadado.
Serão mantidas as doações em dinheiro em contas bancárias, vinculadas à Prefeitura de Mariana, geridas por um Conselho Gestor com representantes de diversos setores da sociedade civil para dar transparência à ação.
A Prefeitura ressalta a importância do trabalho voluntário e informa que, em caso de restabelecimento da campanha, nota oficial será publicada no seu site.
Em 5/11, as barragens Fundão e Santarém, da Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP, romperam-se despejando 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério e água. O distrito de Bento Rodrigues foi destruído, e centenas de pessoas ficaram desabrigadas. A lama alcançou ainda outros distritos de Mariana, como Águas Claras, Ponte do Gama, Paracatu e Pedras, além da cidade de Barra Longa. Os rejeitos no rio Doce afetaram dezenas de cidades na Região Leste de Minas Gerais e no Espírito Santo.
Segundo informações oficiais na tarde desse sábado (14/11), há 15 pessoas na lista de desaparecidos após o rompimento das barragens. Sete corpos já foram reconhecidos e três esperam identificação.