Em Abre Campo, tragédia no feriado de Nossa Senhora Aparecida! Um menino de nove anos morreu carbonizado num forno de carvão na região de Córrego Areia Branca, em Abre Campo, na manhã de ontem, segunda-feira, 12/10. Conforme relato da Polícia Militar, o menino caiu num dos fornos mantidos no entorno da casa da família. A PM não informou o nome da criança nem de seus familiares no resumo do boletim de ocorrência.
A avó e o companheiro dela, que mantêm vários fornos naquela região, perceberam que havia algo de errado num dos fornos, pelo fato dele expelir vapor. Segundo informe policial, ao se aproximar e olhar pelo “suspiro”(espécie de chaminé por onde saía o vapor), o homem viu o garoto sobre as brasas com seu corpo incinerado.
A perícia da Polícia Civil foi acionada e fez levantamentos de praxe no local. A avó, que tem a guarda da criança, e o companheiro dela foram encaminhados à Delegacia abrecampense. O registro e a foto são de Jailton Pereira/Portal Caparaó. Hoje, terça, 13/10, aguardavam-se notícias sobre o inquérito policial e informe sobre a situação legal dos fornos mantidos em Areia Branca.
De acordo com recente informe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis/Ibama, para que uma carvoaria funcione de forma legal é necessário comprovar a origem da madeira. É preciso ainda ter registro da área de extração e da carvoaria.
O carvão legalizado e empacotado tem o número de certificação ambiental impresso na embalagem do produto. Já o carvão clandestino é vendido a R$ 10,00 o saco de 20kg e, depois de passar por atravessadores, chega a postos de venda pelo triplo do preço.
