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InícioDESTAQUEMorte do papa Francisco: notas paroquiais e informe do vigário episcopal

Morte do papa Francisco: notas paroquiais e informe do vigário episcopal

A morte do papa Francisco na madrugada de 21/4 motivou missa especial, já às 19h30 dessa data, na Igreja Matriz Santíssima Trindade, no bairro Triângulo, onde nota paroquial registrou o seguinte:

“Francisco deixou um grande legado de amor, humildade, diálogo e serviço fiel até os últimos momentos de sua vida. Em comunhão com a Igreja Católica no mundo inteiro e com respeito filial, rezemos pelo eterno descanso do nosso pastor. Que a certeza da ressurreição de Jesus renove a nossa fé na vida eterna e console a Igreja que chora a morte do sucessor de Pedro.”

Esta FOLHA já registrou a nota da Paróquia São Pedro e, da parte da Paróquia São Sebastião, a nota foi esta:

“Primeiro Papa jesuíta e latino-americano, Francisco será eternamente lembrado por sua humildade, seu amor pelos pobres e por conduzir a Igreja com misericórdia, alegria e esperança. Rezemos por sua alma e por toda a Igreja neste tempo de espera e esperança.

Inicia-se o tempo de Sede Vacante, e o camerlengo Kevin Farrell assume a administração da Santa Sé até a eleição do novo sucessor de Pedro.”

Vigário episcopal

Administrador da Paróquia Sant’Ana, em Guaraciaba, padre Geraldo Trindade enviou mensagem na condição de vigário episcopal da Regional Leste da Arquidiocese de Mariana:

“Francisco foi o 266º pontífice da história da Igreja Católica, um papa que marcou profundamente o seu tempo e o coração dos fiéis. No Domingo de Páscoa (20/4), ele protagonizou sua última aparição pública como líder da Igreja.

Como é tradição, surgiu na sacada central da imponente Basílica de São Pedro, no Vaticano, de onde proferiu a bênção Urbi et Orbi, dirigida simultaneamente à cidade de Roma e a todo o mundo. Esse momento, carregado de simbolismo e emoção, foi acompanhado por milhares de fiéis e espectadores em todo o planeta.

Após o pronunciamento, o Papa Francisco surpreendeu os presentes ao fazer um gesto inesperado e profundamente significativo: percorreu a praça de São Pedro a bordo de seu papamóvel.

A presença próxima aos fiéis, característica marcante de seu pontificado, mais uma vez se manifestou com força. Ele circulou pela praça por alguns minutos, sorrindo, acenando e, com ternura, abençoando crianças e bebês que eram erguidos entre a multidão.

Como sempre, estava cercado por seguranças, mas sua atitude revelava uma confiança na fé e uma abertura ao encontro humano que sempre o definiram.

Desde o início de seu pontificado, Francisco demonstrou um compromisso profundo com as periferias, tanto físicas quanto simbólicas. Não se limitou apenas às regiões afastadas geograficamente, mas voltou seu olhar sensível às chamadas “periferias existenciais”: as realidades de dor, exclusão, pobreza e sofrimento humano.

Ele desejou que essas vozes silenciadas encontrassem lugar no centro da vida da Igreja e nas grandes discussões sociais do nosso tempo. Para Francisco, evangelizar era também ouvir, acolher e incluir.

Foi também um líder que enxergou com clareza a íntima conexão entre as crises que afetam o planeta. Para ele, não existia uma crise ambiental separada de uma crise social: ambas faziam parte de uma única e interligada emergência que exigia respostas conjuntas, humanas e espirituais.

Ele não apenas falou sobre essas questões com palavras fortes e proféticas, mas também agiu, promovendo debates, publicando encíclicas como ‘Laudato Si’ e tentando influenciar líderes globais na busca por soluções sustentáveis e justas.

Além de tudo isso, Francisco foi um incansável promotor da paz. Em momentos de tensão mundial, buscou exercer um papel ativo nas negociações e nos apelos por cessar-fogo, reconciliação e justiça.

Nunca se omitiu diante da dor dos povos, nem das injustiças que sangram o mundo. Sua voz, muitas vezes solitária, ecoava como um clamor evangélico por solidariedade, empatia e reconciliação.

Se pudéssemos atribuir a ele um título que resumisse seu legado, talvez o mais apropriado fosse: ‘Francisco, o Misericordioso’. Esse traço definidor perpassa todas as suas ações e discursos.

Foi um verdadeiro reflexo do amor de Deus, especialmente do amor misericordioso, aquele que não condena, mas acolhe, cura e transforma. Sua vida e sua missão foram, do início ao fim, pautadas pelo serviço, pela simplicidade e pela humildade.

Nunca buscou glórias terrenas, prestígio ou poder. Viveu com autenticidade o Evangelho que pregava. Francisco escolheu o caminho do despojamento, aproximando-se dos que sofrem, dos marginalizados, dos esquecidos.

Tornou-se um verdadeiro amigo dos pobres, tanto no discurso quanto na prática. Um papa que andou entre o povo e com o povo, que rompeu protocolos para abraçar o ser humano em sua vulnerabilidade.

Assim como temos São Francisco de Assis, símbolo de humildade, paz e comunhão com a criação, agora temos o Francisco de Roma – um novo testemunho de fé viva, coragem profética e compromisso com os valores do Evangelho.

Seu legado, certamente, ecoará por muitas gerações, como um farol que continua a iluminar o caminho da Igreja e da humanidade.”

Leia mais aqui sobre a morte do primeiro papa latino-americano

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