Grave acidente matou as irmãs Izabela Lúcia, 19 anos, e Stefane Lúcia Maia, 18, de Alvinópolis. Izabela pilotava a moto Honda Titan HFV-243S, que envolveu-se em colisão com o caminhão HBZ-6574, na tarde desse sábado (7/4), no km 42 da MG-123, de acesso àquela cidade.
A tragédia chocou a cidade, e centenas de amigos se despediram das jovens com mensagens de pesar e solidariedade à família. O nome do motorista do caminhão não foi divulgado na sinopse policial. Trata-se de Elias Cota Barcelos, 54 anos, de João Monlevade.
Ele contou aos militares que, depois de estacionar o veículo para descarga de mercadoria – não informada – à margem da rodovia, iniciou manobra para fazer o retorno, ao acessar a pista, garantindo que não viu trânsito nos dois sentidos.
Já com o caminhão fazendo a travessia, Elias disse à PM que só então notou a aproximação da moto – rumo a Alvinópolis – e pisou no acelerador na tentativa infrutífera de evitar a colisão.
A Polícia apurou que a moto bateu na lateral esquerda do caminhão, próximo da roda traseira. Quando as vítimas caíram no asfalto, seus capacetes foram arremessados para longe. “No local não havia marcas de frenagem da motocicleta”, informa o boletim da PM.
O próprio Elias procurou por socorro, e uma equipe da Secretaria da Saúde de Alvinópolis esteve no local constatando o óbito das duas irmãs.
Populares mostraram-se revoltados com as circunstâncias do acidente, e a PM teve que retirar o caminhoneiro do local “para evitar ações de violência contra ele, já que havia uma aglomeração de pessoas com ânimos exaltados”, como constou no boletim de ocorrência.
Imediatamente a PM informou que o caminhão efetuava conversão em local proibido. O teste do bafômetro não acusou teor alcoólico no ar expelido pelo condutor, o qual recebeu multa de trânsito.
No final da ocorrência, a PM deu voz de prisão a Elias, com indicação de homicídio culposo (como prevê o art. 302 do Código de Trânsito Brasileiro), ratificado na Delegacia de plantão, em João Monlevade. Esta FOLHA não obteve acesso ao desfecho da ocorrência na Polícia Civil.
A Perícia Técnica da Polícia Civil de João Monlevade vistoriou o local do acidente. Os corpos foram liberados para funerária, que os removeu para necropsia em João Monlevade. A documentação dos veículos e condutores estavam regulares, sendo ambos liberados no local.
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