O Ministério Público/MP do Estado informou, nessa terça-feira (7/2), que indicará à mineradora Samarco a prorrogação, por mais um ano, do trabalho de auditoria no monitoramento dos rejeitos de minério depositados na Usina Hidrelétrica/UHE de Candonga, no rio Doce, entre os municípios de Santa Cruz do Escalvado e Rio Doce.
A estrutura recebeu 10 milhões de metros cúbicos (m³) de rejeitos que vazaram da Barragem de Fundão, em Mariana, em novembro de 2015. No ano passado, foi firmado Termo de Ajustamento de Conduta para limpeza da hidrelétrica, e autoridades ambientais assinalaram o risco de rompimento da barragem da UHE, erguida para conter água, e não rejeito de minério. Segundo a Samarco, cujas donas são a Vale e a BHP Billiton, cerca de 630 mil m³ de rejeitos já foram retirados do local.
A decisão de pedir mais um ano de monitoramento foi definida numa reunião da força-tarefa do MP que atua no caso do rompimento de Fundão. A mineradora disse à Imprensa da Capital que ainda não recebeu o pedido do Ministério Público.
Na reunião, o Ministério Público também conversou sobre o retorno das atividades da mineradora. O MPMG reiterou o posicionamento de que a retorno das atividades da Samarco em Mariana apenas deverá ser permitido caso a empresa garanta que o dano provocado pelo rompimento da Barragem de Fundão está estabilizado e os riscos de novos acidentes foram sanados. O Ministério Público ainda quer que a empresa comprove o aprimoramento do processo produtivo.