Após a audiência de 29/5 em Ponte Nova sobre projeto estadual de concessões rodoviárias, transcorreu em 13/5, na Assembleia Legislativa/BH, reunião da Comissão de Participação Popular, a pedido dos deputados Marquinho Lemos e Leleco Pimentel/ambos do PT. O governador Romeu Zema/Novo deve publicar em breve o edital da terceirização das vias.
Trata-se de privatização da BR-356 e, na sequência, das MGs 262 e 329, passando por 11 municípios: Nova Lima, Itabirito, Rio Acima, Ouro Preto, Mariana, Acaiaca, Barra Longa, Urucânia, Ponte Nova, Piedade de Ponte Nova e Rio Casca.
O centro do debate está no informe de que, ao longo dos 190,3km, serão quatro pedágios somando cobrança de R$ 44,04, assim distribuída: Nova Lima/R$ 14,51, Ouro Preto/R$ 11,71, Acaiaca/R$ 11,2, e Ponte Nova/R$ 6,58.
O deputado Marquinho alertou que o alto valor da tarifa não é o único problema na proposta do governador: “O pré-edital prevê que as obras de duplicação só comecem no terceiro ano e as cobranças se iniciem no terceiro mês. Para algumas das melhorias, o prazo de execução chega a 30 anos.”
Compareceram – ao evento da Assembleia Legislativa – dirigentes municipais de Acaiaca, Teixeiras, Ponte Nova e Raul Soares. Pelo Governo/MG, debateu Fernanda Gonçalves, coordenadora de Concessões e Parcerias da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade/Seinfra.
O vereador pontenovense Guto Malta/PT esteve na mesa diretora da reunião e registrou: “Há uma grande insatisfação das lideranças políticas da nossa região. Importante ressaltar que toda a região está empobrecida e mereceria outro tratamento do Estado, com investimentos, e não com mais cobranças.” Inquiriu ele: “É privatizando a qualquer custo que o Estado pretende resolver os problemas nas estradas?”