Durou pouco mais de duas horas, na manhã desta terça-feira (2/5), a manifestação do Movimento dos Atingidos por Barragens/MAB ocupando ponte de acesso à estrada de Santana do Deserto, região rural de Rio Doce, próximo da barragem da Hidrelétrica de Candonga.
Com a presença de representantes da Fundação Renova (vinculada à mineradora Samarco), grupo de 15 pessoas conseguiu agendar, para esta quarta-feira (3/5), às 18h, na comunidade de Santana do Deserto, reunião para tratar das reivindicações dos atingidos.
Desde as 9h30 desta terça-feira (2/5), o sargento Davi e o tenente Roonei, da Polícia Militar de Ponte Nova, deslocaram-se para Santana do Deserto para acompanhar o protesto. Falando a esta FOLHA, por volta das 13h, Roonei informou que a PM garantiu o diálogo entre os manifestantes e representantes da Fundação Renova e as obras – de recuperação do rio Doce, afetado pela lama da Barragem de Fundão/Mariana – não ficaram prejudicadas.
O MAB e grupo de atingidos pela tragédia de novembro de 2015 informam, via redes sociais, que cobram o seguinte: reconhecimento dos garimpeiros artesanais; entrega de cartão-subsistência; agilidade nas indenizações; alternativas para geração de emprego e renda; e reconhecimento de famílias atingidas pelo processo de recuperação do rio.
Segundo informe, para a Imprensa, de Thiago Alves, coordenador regional do MAB, cerca de dez entre 60 famílias do povoado recebem algum tipo de auxílio após o desastre ambiental. O Portal G 1 informou, às 12h, que tentou, ainda sem sucesso, a posição da Fundação Renova e da Aliança Geração e Energia, uma das gestoras do Consórcio Candonga.