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No protesto do ‘Dia do Excluídos’, críticas ao Governo Federal

  

Comitivas de católicos de Ponte Nova e região participaram, nesse 7/9 – Dia da Independência -, do Dia dos Excluídos, organizado pela Arquidiocese de Mariana. De Ponte Nova, os católicos viajaram em vans (que partiram dos bairros Pacheco e Triângulo) e ônibus (de Palmeiras). Dilma Ferraz, uma das representantes em Ponte Nova da Pastoral da Dimensão Sociopolítica, participou da missa solene e divulgou fotos para esta FOLHA.

Durante a manifestação, a Coordenação Arquidiocesana da Dimensão Sociopolítica divulgou carta-compromisso aprovada pelo arcebispo de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha. Na abertura, o seguinte texto:

“Manifestamos nossa indignação com os rumos econômicos e sociais do país, impostos pelo atual Governo, movido por interesses voltados para o mercado, privilegiando o capital financeiro e os megagrupos econômicos nacionais e estrangeiros, em detrimento dos interesses do povo, sobretudo de garantia de seus direitos básicos, como educação, saúde, moradia, segurança pública, transporte, alimentação saudável e saneamento básico.”

O texto denuncia o seguinte:

  • As estruturas opressoras da sociedade e as injustiças cometidas pelo modelo econômico neoliberal que levam à concentração de renda, fragilizam as políticas sociais, negam a vida e querem nos impedir de sonhar.
  •  O novo ciclo de privatizações, o “ajuste” fiscal, as reformas política, trabalhista, previdenciária e da educação, a extinção da Reserva Renca. Tudo isto – imposto pelo atual Governo, sem nenhum diálogo com a sociedade – faz aumentar a exclusão social e a perda de direitos.
  • A exploração, à exaustão, dos recursos naturais, sobretudo pela mineração, o agronegócio e a monocultura coloca em cheque nossas terras, águas e matas, trazendo dor, destruição e morte, como aconteceu com a tragédia, produzida por mãos humanas, há quase dois anos, no município de Mariana, com o rompimento da Barragem de Fundão, das empresas Samarco, Vale e BHP-Billiton, atingindo toda a extensão da Bacia do Rio Doce.
  •  A criminalização dos movimentos sociais, dos defensores/as dos direitos humanos e das lutas populares.
  • O modelo de mídia e de comunicação, cuja operação, outorgada pelo Estado, tem atendido a interesses particulares de grandes grupos econômicos voltados para o lucro e e que não têm em vista os verdadeiros interesses da população. Diante disso, reafirmamos nosso compromisso de:
  • Participar da construção de uma nova sociedade pautada no bem-viver, na defesa da vida, na conquista de direitos e na construção da democracia.
  •  Fortalecer a luta e a resistência, por meio do trabalho de base, contra qualquer retrocesso e ameaça aos nossos direitos.
  • Lutar, a partir de nossas organizações eclesiais e sociais, pela democratização da mídia e por um Estado comprometido com o povo e a vida, alicerçado na garantia dos direitos inalienáveis e no acesso a eles.
  •  Defender nossa “casa comum”, o planeta, que sofre “em dores de parto”, ante os “dragões” da atividade mineradora, da monocultura, do agronegócio, e promover a vida em toda a sua integridade.
  • Combater, ao lado das populações atingidas, contra o crime socioambiental ocorrido no município de Mariana, em 5/11/2015, e que atingiu outros municípios vizinhos, bem como toda a extensão da Bacia do Rio Doce, exigindo que sejam ressarcidas economicamente pelas empresas responsáveis, em seus irreparáveis prejuízos e que as comunidades prejudicadas sejam ouvidas, assumindo o protagonismo no processo de seu reassentamento.
  •  Solidarizar-nos com a população de Congonhas, contra o projeto de alteamento da barragem da CSN.

Na celebração eucarística, dom Geraldo assim falou: “Vivemos tempos difíceis. Direitos e avanços democráticos estão ameaçados. Celebrado aos pés do Senhor Bom Jesus, o Grito dos Excluídos deve nos estimular a continuar lançando as redes nas águas profundas de nossa realidade dura e sofrida, a nos despertar para a solidariedade, a nos encorajar para a organização popular, a renovar nossa esperança, a alimentar nosso compromisso cristão na luta por uma sociedade justa, fraterna e solidária.”

Em sua homilia, o arcebispo referiu-se à mensagem da Conferência Nacional dos Bispos do Brasi/CNBBl para as celebrações de 7/9: “A sociedade brasileira está cada vez mais perplexa diante da profunda crise ética que tem levado a decisões políticas e econômicas que, tomadas sem a participação da sociedade, implicam perda de direitos, agravam situações de exclusão e penalizam o povo brasileiro pobre.”

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