O Ministério da Saúde avisou em 23/7 que a rede pública passará a oferecer gratuitamente, em 180 dias, o medicamento Trastuzumabe, usado por cerca de 25% das mulheres com câncer de mama. O remédio já é usado na rede privada há quase 10 anos, com tratamento orçado em R$ 7 mil/mês, e é oferecido pelos hospitais públicos de alguns Estados.
A incorporação do Trastuzumabe ocorre após recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, feita em maio, e após o Governo sofrer pressões na Justiça, pois, só em 2012, o Ministério já gastou R$ 12,6 milhões com a compra desse remédio atendendo ordens judiciais. Com a incorporação do remédio na sua cesta básica, o Governo Federal prevê gastar R$ 130 milhões por ano.
O câncer de mama é o mais comum entre mulheres. Estimativas do Ministério apontam para 52,6 mil novos casos da doença entre este ano e o próximo. Apesar de comemorarem a oferta do Trastuzumabe, entidades apontaram a necessidade de outras medidas acompanharem o anúncio. Uma delas é aumentar o reembolso que os hospitais recebem do Governo pelo tratamento de cada paciente, indo de R$ 570,00/mês, no início do tratamento, até R$ 1 mil, em fase avançada da doença.