Ocorreu, no auditório municipal riodocense, em 6/4, reunião da Câmara Técnica de Infraestrutura e Economia, instituída por ato do Comitê Interfederativo MG/ES para definir as prioridades e a atuação da mineradora Samarco nas áreas atingidas pela lama da Barragem de Fundão, vazada ainda em novembro/2015.
No encontro, coordenado pelos representantes da Secretaria de Cidades Integração Regional, Breno Longobucco e Thiago Athayde, compareceram representantes de Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado e Barra Longa.
Com eles estavam o superintendente de Projetos Prioritários da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Rodrigo Ribas.
O engenheiro e coordenador de Obras da Fundação Renova/vinculada à Samarco, Gustavo Paraíso, discorreu sobre o chamado Programa DEZ (PG10), com mapeamento das estruturas afetadas pelo rompimento dos rejeitos e informe sobre o padrão dos trabalhos de recuperação.
Segundo se informou, o PG10 atende às cláusulas do Termo de Transação de Ajustamento de Conduta/TTAC, com atividades entre a região de Mariana até a barragem da Hidrelétrica de Candonga.
O programa tem como projeto estabelecimento de acesso, melhoria e retirada de resíduos das estruturas impactadas, entulhos e detritos e mais: demolição de estruturas comprometidas, reconstrução de pontes e reconstrução/reforma de igrejas, áreas de práticas esportivas, centros comunitários, praças e poços artesianos, entre outros.
Inicialmente, como ressaltou o engenheiro, houve levantamento das estruturas impactadas, tendo em seguida restabelecido acessos aos locais para depois trabalhar na estruturação, como está sendo feito.
O engenheiro apresentou diagnóstico com os percentuais de validação da entrega das obras executadas até o momento. Conforme ele, pretende-se fazer até 28/4 a revisão dos dados para PG 10 e validação do mesmo para protocolar junto à Câmara Técnica até 11/5. Orçadas em R$ 331,7 milhões, as obras têm prazo até setembro/2018 para serem concluídas.
Discorrendo sobre as visitas feitas nas áreas de ação da Renova, César Sarsur, representante da empresa de auditoria e consultoria Ernst & Young – cuja função é assegurar o cumprimento do TTAC -, avaliou que o PG 10 é "pioneiro", uma vez que a Renova já apresenta entrega de seus projetos e no último ciclo conseguiu-se aprovação para iniciar os trabalhos de auditoria.
“Estamos trabalhando com a Fundação para elaborar diagnóstico mais analítico possível e que reflitam todas as ações que estão sendo executadas e planejadas”, comentou César, informando sobre o prosseguimento do processo de acompanhamento e vistorias em campo para analisar se as ações estão sendo executadas.