O Ministério Público/MP da Comarca de Ponte Nova e as Polícias Militar e Civil deflagraram, na manhã desta terça-feira (12/3), a Operação Arlequim.
Conforme nota do MP, “apuram-se supostos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção, peculato, cartel e fraudes a licitação nos Municípios de Barra Longa, Jequeri, Ponte Nova, Teixeiras e Viçosa”.
A juíza Dayse Mara Baltazar, da 1ª Vara Criminal de Ponte Nova, atendeu pedido do Ministério Público e determinou a expedição de oito mandados de prisão e 17 mandados de busca e apreensão nas cidades citadas.
Também foi determinada a indisponibilidade de bens dos investigados e de suas empresas, no valor de R$ 5 milhões. As investigações estão sob comando do promotor Thiago Fernandes de Carvalho, responsável pela Curadoria de Defesa do Patrimônio Público.
Apurou-se, segundo a nota, que “os investigados são suspeitos de utilizarem diversas práticas criminosas para concretizar o domínio de mercado do ramo de serviços para shows em municípios mineiros, se valendo de ajustes e alianças ilegais para o controle regionalizado do mercado”.
"De forma concomitante, praticam fraudes a licitação e obtém contratos com valores superfaturados, gerando grande prejuízo aos cofres municipais. As provas indicam que o proveito do crime é ocultado e dissimulado por meio da criação de empresas que fazem a movimentação ilegal dos recursos, repassando-os, inclusive, a agentes públicos por meio de interpostas pessoas", continua o informe do MP.
O nome da operação é uma alusão à denominação de uma das empresas envolvidas, além de ter relação com as festividades carnavalescas, área de atuação dos investigados. Até o fechamento desta nota, não havia divulgação da relação das empresas e pessoas envolvidas nessa investigação.