O projeto Agrivida – Agricultura sem Agrotóxicos, lançado recentemente em Guaraciaba, teve desdobramento em 2/3, com definição, para este mês, de capacitação de técnicos da Emater, estudantes de agronomia e produtores rurais. Os detalhes da parceria foram decididos em Ponte Nova, na sede da Associação dos Municípios do Vale do Piranga/Amapi.
Definiu-se que, a partir desta quarta, 9/3, as aulas práticas e teóricas vão acontecer durante todo o dia, em diversos locais: Universidade Federal de Viçosa/UFV, Escola Família Agrícola/Acaiaca e propriedades rurais guaraciabenses.
Para tanto, o secretário executivo da Amapi, José Adalberto de Rezende, recepcionou o gerente regional da Emater, Deonir Luiz, a secretária de Desenvolvimento, Meio Ambiente e Produção Rural de Guaraciaba, Iolanda Gonçalves, e dois italianos da instituição Gruppo di Volontariato Civile/GVC Itália Mário Fundarò/dirigente e Matteo Mancini/consultor encarregado dos cursos e palestras.
Fundarò e Mancini encaminham o projeto Segurança Alimentar e Independência Energética, em fase de implantação, no Brasil e em Moçambique, pela CVG Itália e a Ong Deafal/Delegação Europeia de Agricultura Familiar da Ásia, África e América Latina.
Em parceria com a Amapi, a Prefeitura de Guaraciaba pretende avançar no seu Agrivida com as metas divulgadas por Iolanda: proporcionar melhorias financeiras e de produção para o produtor rural; incentivar a profissionalização e o uso racional dos recursos; e estimular o cultivo orgânico com extinção do agrotóxico no processo de produção de alimentos.
“Ainda é um grande desafio inserir a ideia da produção sem agrotóxico. Infelizmente, as grandes corporações não pensam no produtor, elas pensam em ter lucro e utilizar os produtos como moeda de troca no mercado”, declarou Mancini, e, nota divulgada pela Amapi.
Mancini acredita na mudança de pensamento e postura dos produtores. “A mudança precisa acontecer agora, não é para daqui a 10 ou 20 anos”, acrescenta ele, considerando que com novas tecnologias é cada vez menor o custo de produção de alimentos livre de agrotóxicos. “A saúde, agradece”, finalizou o consultor.