A falta de pagamento de salários nos últimos dois meses levou 13 trabalhadores do Asilo Recanto do Idoso e um da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais/Apae a protestarem, em 8/11, durante sessão da Câmara Municipal de Piedade de Ponte Nova.
O presidente do Legislativo, Élvis Luciano Batista de Souza/DEM, prontificou-se a enviar ofício urgente ao prefeito Antônio Carlos de Assis Gomes (Carlinhos/PPS) com pedido de explicações. Lamentando que a crise econômica venha afetando sobremaneira as finanças municipais, o prefeito disse a este jornal, no dia seguinte à sessão da Câmara, que “ainda nesta semana devemos regularizar o repasse do custeio para as Direções do Asilo e da Apae quitarem o pagamento dos salários”.
A reportagem desta FOLHA acompanhou a manifestação desde que, antes da sessão legislativa, alguns funcionários postaram-se na rua com cartazes externando indignação. “O prefeito só enrola e prometeu que no dia 30/10 iria repassar o dinheiro do pagamento. Já se passaram alguns dias, e nada do nosso pagamento”, declarou uma funcionária do Asilo.
Outra servidora menciona que a Prefeitura vem descontando contribuição dos trabalhadores do Asilo para o INSS, mas não repassa as quantias à Previdência Social, num débito que chegaria a R$ 30 mil.
Na reunião da Câmara, a funcionária Maria Aparecida da Silva de Paula cobrou solução: “Não sabemos de nada sobre o motivo de não recebermos nossos salários e não podemos deixar de atender os internos. Como fica nossa situação?”, inquiriu ela.
Este jornal apurou que são 24 os assistidos pelo ancianato, enquanto outra funcionária – Elisabeth Cardoso – acrescentou: “Trabalhamos por amor aos nossos idosos. Só isto tem mantido a nossa decisão de ir para o serviço todos os dias.”
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