Termina neste sábado, 26/5, no Expominas, em Belo Horizonte, a I Conferência Nacional Popular de Educação/Conape. Evento teve início em 24/5 e conta com participação de comitiva de Ponte Nova: dirigentes do Sindicato Único dos Trabalhadores do Ensino/Sind-UTE (tendo à frente Neli Magalhães, coordenadora regional) e um representante da Superintendência Regional de Ensino (Édson Lameu Barbosa).
Nestes três dias ocorreram apresentações culturais, exposições, mostras, debates, palestras, mesas, painéis, plenárias e reuniões, apresentações e comunicações acadêmicas, entre outras atividades, visam transformar Belo Horizonte em uma capital dedicada à educação.
A Conferência foi palco, também, do lançamento da campanha “Apagar o professor é apagar o futuro”. Em 24/5, ocorreu concentração seguida marcha por algumas ruas e avenidas da Capital, concluindo com ato público na Praça da Estação.
O evento contou com mais de 5 mil pessoas e a presença da ex-presidenta Dilma Rousseff/PT, lideranças e militantes sindicais e dos movimentos sociais, parlamentares e lideranças políticas.
Os manifestantes também levantaram milhares de cartazes com a frase “Lula Livre” e, na abertura, gritaram “boa tarde” para o ex-presidente, no momento em que o ato similar acontecia na vigília em Curitiba (onde Lula desta preso em decorrência de condenação na Operação Ava jato). A homenagem se repetiu na Praça da Estação, com um “boa noite, Lula”.
Dilma destacou a importância da educação para o futuro do país e disse que “a realização da CONAPE é fundamental para o resgate do ensino, que vem sendo atacado pelo governo golpista”. “Eu acredito que na área da educação este governo golpista cometeu o maior dos estragos, disse ela.
Dilma Rousseff também repudiou o congelamento por 20 anos dos investimentos na educação, com a aprovação da Emenda Constitucional 95, e denunciou manobras para privatizar o ensino universitário.
A Conferência Nacional Popular de Educação é uma convocação para "a retomada da democracia no país e das vozes da sociedade civil organizada por meio dos movimentos sociais e das entidades educacionais, além de reafirmação do compromisso com uma educação verdadeiramente transformadora", como informa o documento convocatório.
Participam entidades envolvidas na defesa e promoção do direito à educação pública, gratuita, laica e de qualidade para todo cidadão e toda cidadã, as quais romperam com o Fórum Nacional de Educação, acusado de aderir às propostas governamentais, “em desrespeito à comunidade educacional, com decisões que evidenciam o enfraquecimento da democracia brasileira”.