A 12ª Reunião do Fórum dos Prefeitos da Bacia do Rio Doce em 3/12 teve intensa programação na cidade de Iapu/Vale do Aço. Chefes de Executivo de MG e do ES e seus assessores debateram desdobramentos da luta para mitigação dos impactos provocados pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, em nov/2015.
O presidente do Fórum dos Prefeitos, Beto Guimarães/PSB, prefeito de São José do Goiabal, conclamou os gestores municipais a trabalharem para que a Samarco e a Renova possam direcionar recursos para ações de compensação e reparação, via Consórcio Público, para Defesa e Revitalização do Rio Doce, organismo recém-fundado pelos chefes de Executivo.
Não por acaso, na semana passada, a Câmara de Ponte Nova aprovou projeto do prefeito Wagner Mol/PSB autorizando o ingresso do Município no citado Consórcio. Este terá como uma de suas metas garantir investimento da Fundação em projetos de meio ambiente e saneamento, obras públicas, trânsito/transporte, educação, saúde, desenvolvimento social, desenvolvimento econômico e apoio jurídico.
Ex-prefeito de Mariana e atual secretário-executivo do Fórum dos Prefeitos da Bacia do Rio Doce, Duarte Júnior/Cidadania esteve em Ponte Nova na semana passada ratificando o seu empenho – e do então prefeito de Rio Doce, Silvério da Luz/PT – para que Ponte Nova fosse reconhecida como município atingido.
"Hoje, Ponte Nova já recebe recursos e integra programas de reparação", disse Duarte, esperançoso com a formação do novo consórcio e o avanço de negociações com a Fundação Renova.
Malha ferroviária
Duarte esteve nesta FOLHA e retomou o tema da volta da ferrovia. Ele revelou que decisão judicial determinou que a Ferrovia Centro Atlântica/FCA pague R$ 1,2 bilhão por causa do abandono da malha ferroviária da nossa região. "A multa é paga, mês após mês, desde jan/2020, num total de 60 parcelas", declarou ele.
O ex-prefeito marianense propõe mobilização para que o valor seja aplicado no desenvolvimento ferroviário da nossa região. Afinal, a Justiça Federal definiu a multa por causa do abandono de 750km de ferrovias em Minas. Devido a divergências quanto ao uso da verba, continuou Duarte, os recursos estão retidos nos cofres do Tesouro Nacional.