Nos dias 12, 13 e 14/4, seguidos atos públicos dos servidores da Rede Municipal de Ensino em frente à Prefeitura de Rio Casca marcaram protesto e divulgação de reivindicação de reajuste salarial. De acordo com notícia nas redes sociais, “o repasse financeiro para a educação no município não sofreu alteração com a crise, sendo que 60% desse valor deveriam ser aplicados na remuneração dos profissionais da área, o que não aconteceu”.
Professores e monitores da Rede Municipal de Educação de Rio Casca reivindicam, desde janeiro, reajuste salarial de 11,36%. Em documento distribuído à população, os educadores se dizem “cansados e indignados com o descaso e a falta de comprometimento dos governantes com a classe”.
Há também informe de que há mais de três anos reivindica-se, sem sucesso, Plano de Carreira da Educação Infantil. Os organizadores do movimento planejam para 18, 19 e 20/4 “operação-tartaruga” (trabalho de meio período em todos os turnos), podendo ainda ocorrer – a confirmar – paralisação total da categoria.
A formalização da campanha salarial ocorreu em 6/4, no plenário da Câmara Municipal. “Reivindicamos os nossos direitos, queremos dignidade salarial, lutamos por nossas famílias e por uma vida profissional mais respeitada”, dizem os trabalhadores na carta aberta à população e – especialmente – aos pais de alunos.
O documento continua: "O educador é peça fundamental na formação de praticamente todos os profissionais, mas, na maioria das vezes, aqueles que deveriam reconhecer e valorizar o trabalho dos educadores os ignoram e até desdenham da sua colaboração para um mundo mais digno e letrado." Na conclusão, ressalta-se que "a nossa luta está cada vez mais difícil, porque já tivemos algumas perdas no último ano em relação ao nosso salário".
Sublinha-se, ainda, que "a maioria dos professores riocasquenses trabalha em duas ou mais escolas para reforçar o salário, pois têm famílias que dependem deles e praticamente todos os dias levam serviço para casa, deixando muitas vezes de usufruir de momentos de lazer com a família ou ausentando-se do convívio social".
A Prefeirura riocasquense ainda não divulgou posição oficial diante do movimento, que pode repercutir, na próxima semana, em reunião da Câmara Municipal.