A Fundação Palmares homologou em Brasília/DF, em fins de maio e no início de junho, as certidões de autodefinição de quatro locais remanescentes de quilombos em nossa microrregião. São comunidades formadas por africanos e seus descendentes que fugiram da violência e exploração no Brasil colonial e imperial.
No cenário pontenovense, onde já se formalizou a Associação Quilombola do Bairro de Fátima, um novo destaque: a localidade de Nogueira, que fica entre Ranchos Novos e Cedro, a pouco mais de 16km do Anel Rodoviário, com estrada de acesso perto do antigo Lixão do Sombrio.
Já em 1995, esta FOLHA editou noticiário sobre Nogueira, assinada pela então repórter Adair Liberato, destacando-se essa terra de afrodescendentes. Já em 2007, publicou-se o livro “Terra, Trabalho, Parentela e Fé”, de Ana Luíza Fernandes de Oliveira, a partir de sua dissertação de mestrado na Universidade Federal de Viçosa.
Demais comunidades
Em Barra Longa, onde a Fundação Palmares já oficializou a Comunidade Quilombola de Gesteira, duas novidades: certificação similar para moradores de Volta da Capela e Barretos, como informou a esta FOLHA Gilmar Oliveira, gestor da Escola Família Agrícola Paulo Freire, com sede em Acaiaca.
Gilmar enfatiza que, como a história de Barretos se confunde com a de Campinas/Mariana (trecho do rio Gualacho do Norte é a divisão territorial), homologou-se também o reconhecimento da história quilombola de Campinas.
Em todos os casos, portarias da Fundação – vinculada ao Ministério da Cultura – reconhecem o processo administrativo da relevância da herança afrodescendente nas citadas comunidades.
O documento oficial do Governo Federal relaciona vantagens, principalmente quanto ao reconhecimento e à garantia de direitos, a começar pela garantia de posse da terra, saúde, educação e cultura.
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