Nesta segunda-feira, 11/1, servidores públicos do Estado de Minas Gerais reúnem-se para discutir os atrasos nos salários dos trabalhadores, com possibilidade de entrarem em greve no mesmo dia. O governador Fernando Pimentel/PT informou em coletiva de imprensa de 6/1 que os próximos salários “dificilmente serão pagos até o quinto dia útil do mês”. Em janeiro, os salários serão quitados neste 13/1.
Na manhã de 6/1, representantes sindicais afirmaram que estão sendo estudadas paralisações em pelo menos três categorias: Saúde, Segurança Penitenciária e setores administrativos do Governo.
“É uma questão que estamos analisando, pois o que está acontecendo é muito sério. E, se nada for resolvido imediatamente, a greve é iminente. Na reunião é que serão definidas estas questões”, afirmou o diretor do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Minas Gerais (Sindpúblicos-MG) Geraldo Henrique.
O atraso também motivou publicação de carta aberta ao governador por Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação /Sind-UTE, Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual/Sindifisco e Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde/Sindi-Saúde. As instituições repudiam a ação do Governo do Estado, bem como a forma inicial de comunicação com os servidores, feita através de publicação de nota.
A carta, além de citar os transtornos que o atraso causará aos trabalhadores, sugere que se adotem medidas mais efetivas no combate à sonegação fiscal, atitude que não estaria sendo tomada pela atual Administração. “Ao tentar fazer ajuste fiscal sobre a folha de pagamento, sacrificando os trabalhadores, em vez de investir na recuperação das receitas desoneradas e sonegadas, o Governo atual repete o erro do Governo anterior”, acrescenta a carta.