A posse dos membros do Comitê Gestor de Riscos/CGR da cidade de Rio Doce ocorreu nesse 5/12, no Espaço de Múltiplo Uso, na presença de Silvério da Luz/prefeito, Mauro Pereira Martins/vice-prefeito (ambos do PT ), Cléber Teixeira/gestor da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil/Compdec e convidados da comunidade e da Fundação Renova.
Sob gestão da Compdec e com assessoria da empresa H3M, o planejamento pró-instalação do CGR previu: reuniões mensais de alinhamentos, elaboração da minuta do Regimento Interno, capacitações e atuação em eventual situação de desastre natural.
Silvério comemorou a criação do CGR, pelo qual "Rio Doce torna-se ‘cidade resiliente’, com ações efetivas nas diversas áreas do Sistema de Proteção e Defesa Civil e de Gestão de Riscos".
Em tempo – A Campanha "Construindo Cidades Resilientes" foi lançada internacionalmente em 2010, a cargo do Escritório das Nações Unidas para a Redução de Riscos de Desastres. No Brasil, a responsabilidade é da Secretaria Nacional de Defesa Civil/Sedec, via Ministério da Integração Nacional, divulgando os benefícios de se reduzirem os riscos por meio da implementação de dez passos para construir cidades resilientes:
1. Estabeleça mecanismos de organização e coordenação de ações com base na participação de comunidades e da sociedade civil organizada, por meio, por exemplo, do estabelecimento de alianças locais. Incentive que os diversos segmentos sociais compreendam seu papel na construção de cidades mais seguras com vistas à redução de riscos e preparação para situações de desastres.
2. Elabore documentos de orientação para redução de riscos de desastres e ofereça incentivos aos moradores de áreas de risco: famílias de baixa renda, comunidades, comércio e setor público, para que invistam na redução dos riscos que enfrentam.
3. Mantenha informação atualizada sobre as ameaças e vulnerabilidades de sua cidade; e conduza avaliações de risco e as utilize como base para planos e processos decisórios relativos ao desenvolvimento urbano. Garanta que os cidadãos de sua cidade tenham acesso à informação e aos planos para resiliência, criando espaço para discutir sobre os mesmos.
4. Invista e mantenha infraestrutura para redução de riscos, com enfoque estrutural, como, por exemplo, obras de drenagens para evitar inundações; e, conforme necessário, invista em ações de adaptação às mudanças climáticas.
5. Avalie a segurança de todas as escolas e postos de saúde de sua cidade e modernize-os, se necessário.
6. Aplique e faça cumprir regulamentos sobre construção e princípios para planejamento do uso e ocupação do solo. Identifique áreas seguras para os cidadãos de baixa renda e, quando possível, modernize os assentamentos informais.
7. Invista na criação de programas educativos e de capacitação sobre redução de riscos de desastres, tanto nas escolas como nas comunidades locais.
8. Proteja os ecossistemas e as zonas naturais para atenuar alagamentos, inundações e outras ameaças às quais sua cidade seja vulnerável. Adapte-se às mudanças climáticas recorrendo a boas práticas de redução de riscos.
9. Instale sistemas de alerta e desenvolva capacitações para gestão de emergências em sua cidade, realizando, com regularidade, simulados para preparação do público em geral, nos quais participem todos os habitantes.
10. Depois de qualquer desastre, vele para que as necessidades dos sobreviventes sejam atendidas e se concentre nos esforços de reconstrução. Garanta o apoio necessário à população afetada e a suas organizações comunitárias, incluindo a reconstrução de suas residências e seus meios de sustento.