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Rios Gualaxo, do Carmo e Doce têm turbidez acima do limite

Reportagem de Mateus Parreiras, do Jortal Estado de Minas/BH, repercutiu na região, a partir de 16/4, por informar os níveis de turbidez da água de cursos d’água afetados, ainda em nov/2015, pela lama da Barragem de Fundão/Mariana, pertencente à mineradora Samarco. Os dados devem compor o debate sobre a tragédia ambiental, marcado para meados de maio, no município de Rio Doce.  

“Enquanto ainda são aguardadas ações não definidas para tratar da lama que se acumulou no fundo dos rios e nas margens dos mananciais atingidos pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, a Fundação Renova, instituída pela Samarco em acordo com o Poder Público, realiza monitoramentos periódicos da qualidade da água”, escreveu ele para revelar:

–  De acordo com o último relatório da fundação, as 35 análises de março feitas nos três rios (Gualaxo do Norte, do Carmo e Doce) apresentaram 10 resultados acima do limite de turbidez (transparência da água devido à dissolução de sólidos), todos em Minas Gerais. Legislação estabelecida pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) determina a unidade NTU como parâmetro para avaliação da turbidez, sendo 100 o limite tolerado nos corpos d’água, como os da Bacia do Rio Doce, que eram considerados de Classe 2 antes do acidente.

O pior índice de turbidez do rio Gualaxo do Norte estava na chamada ponte do Bucão, em Mariana, onde o índice chegou a 241 NTU (141% acima do tolerado), e na ponte do distrito de Águas Claras, com 203 NTU (+103%).

O rio do Carmo – que corta o perímetro urbano de Barra Longa (e junta-se ao Piranga para formar o rio Doce) – apresentou índices abaixo do máximo admitido pela legislação ambiental nas três amostragens realizadas, sendo a maior delas de 63 NTU (-37%).

Já o rio Doce teve os piores níveis de turbidez dentro do Estado de Minas Gerais: em Barra do Cuieté, distrito de Conselheiro Pena, as águas do manancial apresentaram 225 NTU (+125%). Também tinham níveis altos os trechos monitorados nos municípios de Sem Peixe (+112%), Ipatinga (+116%), Belo Oriente (+122%) e Tumiritinga (+107%). Da aldeia Crenaque, em Resplendor, até a foz, no mar, em Linhares (ES), nenhuma amostra infringiu o índice de tolerância de turbidez.

O rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, ocorreu em 5/11/2015 e, de acordo com o Ibama, despejou 40 milhões de metros cúbicos de lama e rejeitos, matando 19 pessoas e produzindo o pior desastre socioambiental do país. Segundo o órgão ambiental, a área total afetada chega a dois mil hectares, sendo que 102 quilômetros do córrego Santarém e dos rios Gualaxo do Norte, do Carmo e Doce tiveram suas margens destruídas. Outros 120 córregos, ribeirões e cursos d’água foram contaminados ou soterrados.

A reportagem ainda informa que representantes da Fundação Renova declararam, em audiência pública com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH-Doce), que a recuperação de 5 mil nascentes já foi iniciada, com duração prevista para os próximos 10 anos.

“Serão 500 nascentes recuperadas a cada ano, por meio de parceria com o Instituto Terra e o CBH-Doce. Também foram feitas coletas de amostras de água em 115 pontos do rio Doce, de afluentes e do mar. Diariamente são feitas análises da turbidez do rio em 26 pontos distintos”, conclui o texto do jornal “Estado de Minas”.

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