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InícioREGIÃOSamarco deposita lama de Barra Longa em local irregular

Samarco deposita lama de Barra Longa em local irregular

Toda a lama que vazou da barragem de minério da Samarco, que assolou a zona rural de Mariana, na região Central, ficou concentrada principalmente nas cidades do entorno, com destaque para Barra Longa, que teve a maioria de suas casas invadida pela enxurrada de rejeitos. Nesse município, o serviço mais urgente foi a retirada do material para que a rotina pudesse aos poucos ser retomada.

A lama, no entanto, foi depositada sem nenhum tipo de licenciamento, mas com autorização da Prefeitura, no Parque de Exposições da cidade (como esta FOLHA registrou há duas semanas), que ainda nem havia sido inaugurado. O depósito só será interrompido por causa de intervenção do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Segundo o jornal O Tempo (edição de 18/12), o MPMG notificou extraoficialmente a mineradora para que ela encontrasse local mais apropriado para depositar o material, já que o parque fica às margens do rio e próximo de algumas casas, o que gerou preocupação sobre impacto ambiental ainda maior que o já registrado.

 

De acordo com o promotor de Meio Ambiente Thiago Fernando de Carvalho, a recomendação era para que a Samarco encontrasse local adequado e devidamente licenciado para conter os rejeitos. Ainda segundo Carvalho, deverá haver compensação ambiental em decorrência das intervenções no parque (ela ainda não foi definida).

A lama ainda está concentrada no parque, e, conforme o prefeito de Barra Longa, Fernando Carneiro/???, há um acordo para que eles a retirem até janeiro do ano que vem e façam reforma completa na área afetada. O local foi completamente inutilizado, há montanhas de lama alojadas em seus 12 mil m² de extensão e várias estruturas precisarão ser reconstruídas.

A área escolhida pela empresa para levar a lama é uma fazenda a poucos quilômetros de Barra Longa e próximo do rio Gualaxo do Norte, como informa o jornal de BH. Serão usados, segundo o proprietário, João Carneiro, cinco hectares de terra (o equivalente a seis estádios do Mineirão). O acordo seria manter o aluguel por dois anos, um deles dedicado à recuperação da área, de responsabilidade da Samarco. O produtor rural acredita que não haverá impacto definitivo na região, já que a Samarco comprometeu-se a entregar o local recuperado. “No primeiro ano, serão feitos os trabalhos, e no segundo, eles recuperarão a área. Estou acreditando que poderei usar o terreno novamente”, afirmou ele ao O Tempo. 

 De acordo com João Carneiro, a empresa está retirando a terra do solo e fazendo uma espécie de aterro para, em seguida, depositar a lama. Ainda segundo ele, o rejeito não começou a ser levado para o local.

O rompimento da barragem de Fundão, em 5/11, despejou 55 milhões de m³ de lama em Mariana e região. A estimativa da Prefeitura de Barra Longa é que até agora tenham sido retirados do município 9.000 m³ de rejeitos.

A reportagem  de O tempo solicitou à Samarco detalhes do empreendimento e não tinha recebido retorno até o fechamento desta edição. A empresa informou apenas que arrendou área em Barra Longa, mas ainda aguarda autorização dos órgãos competentes para depositar o material. Ainda segundo a nota enviada pela empresa, ela fará a recomposição da vegetação sobre o terreno.

 

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