A Coordenação de Atenção em Saúde/CAS da Superintendência Regional de Saúde/SRS de Ponte Nova promoveu em 22/7 reunião virtual para tratar do enfrentamento do novo coronavírus nas unidades prisionais da região.
O encontro – coordenado pela dirigente da SRS, Kátia Carvalho Irias – teve participação de representantes de setores dessa Superintendência e do Governo/MG e do Complexo Penitenciário de Ponte Nova, entre outras unidades prisionais. Atuaram ainda servidores das Secretarias de Saúde de Ponte Nova e Viçosa.
Referência técnica da CAS, Alessandra Dias da Silva apresentou fatores que podem indicar o alto índice de transmissibilidade e agravamento significativo do risco de contágio atrás das grades, embora, como já divulgou esta FOLHA, só haja um caso confirmado no CPPN (leia aqui).
Ponderou-se sobre aspectos de aglomeração de pessoas, insalubridade, dificuldades para garantir os procedimentos de higiene e isolamento dos indivíduos sintomáticos e insuficiência de equipes de saúde, dentre outros já detectados nos presídios de todo o país.
Kátia reforçou a importância desse debate e colocou a SRS à disposição para auxiliar na condução dos processos e fluxos de saúde ligados ao momento desta pandemia.
Enfatizou Alessandra: “É necessário estabelecer mais procedimentos e regras para fins de prevenção da Covid-19 e da propagação do vírus, buscando a redução dos riscos epidemiológicos e a preservação da saúde de agentes públicos, pessoas privadas de liberdade e visitantes. Precisamos evitar contaminações em grande escala, a fim de não sobrecarregar o sistema público de saúde.”
Já a coordenadora da CAS, Saskia Maria Albuquerque Drumond, destacou a importância dessa reunião: “É um momento de conversa, de garantia do direito à saúde das pessoas privadas de liberdade e das equipes das unidades prisionais e também de reconhecimento desses estabelecimentos como integrantes da nossa região.”
Outra referência técnica da CAS, Karen de Fátima Ségala deteve-se no investimento em: biossegurança, disponibilidade de EPIs, procedimentos de higiene, organização do trabalho, treinamento de equipe, articulação inter e intrassetorial e acompanhamento de sintomáticos respiratórios e doentes crônicos, entre outros.
A segunda parte das discussões foi conduzida pela referência técnica do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador da SRS, Graziele Menezes Ferreira Dias, com orientações sobre testagem da população privada de liberdade, conforme fluxo estabelecido por nota técnica estadual.