Na tarde desta quarta-feira, 27/1, em Mariana, a Barragem de Fundão – pertencente à Samarco – apresentou novo vazamento, o primeiro desde o rompimento de 5/11/015, o maior desastre ambiental da história do Brasil, cujo primeiro impacto destruiu o distrito de Bento Rodrigues (foto) e, no dia seguinte, afetou Barra Longa.
De acordo com informe do jornal O Tempo, apesar da tensão gerada entre os moradores da cidade, a Samarco informou que se trata de "deslocamento de massa de volume pequeno, resultado das intensas chuvas recentes, sem gerar pânico" . "Houve um deslocamento de massa. Foi material acumulado que vazou", relatou Welbert Stopa, chefe da Defesa Civil de Mariana.
"O transtorno foi gerado devido ao boato de mais um rompimento de barragem. O deslocamento não tem nada a ver com obras já realizadas no local. Foi devido à chuva mesmo", complementou Stopa no noticiário do jornal da Capital. A Samarco ainda afirmou que o vazamento se deu dentro da própria barragem, entre as áreas de Fundão e Santarém, sem riscos para os cursos d’água da região.
Segundo o portal G1, a mineradora também informou que as estruturas das barragens de Germano e Santarém seguem estáveis e mantidas em monitoramento. A mineradora enviou boletim ao Departamento Nacional de Produção Mineral/DNPM mencionando que, no momento desse vazamento, foram recolhidos preventivamente os 150 trabalhadores que estavam no local.
Conforme o DNPM, ainda na nota divulgada pelo O Tempo, a Defesa Civil instalou "alerta amarelo", acionado quando se constata anomalia que resulte na pontuação máxima de 10 pontos no quadro de estado de conservação/risco da barragem.
Confira a nota da Samarco:
"A Samarco informa que ocorreu, na tarde de hoje, 27 de janeiro, uma movimentação de parte da massa residual da Barragem de Fundão, devido às chuvas das últimas semanas.
De forma preventiva e seguindo seu Plano de Emergência, os empregados que atuam próximo da área afetada foram orientados a deixar o local.
Não houve necessidade de acionamento de sirene por parte da empresa. As Defesas Civis de Mariana e Barra Longa foram devidamente informadas.
Ressaltamos que o volume deslocado permanece entre a barragem de Fundão e Santarém, dentro das áreas da Samarco. A Samarco reafirma que as estruturas das barragens de Germano e Santarém permanecem estáveis com base no contínuo monitoramento."