A necessidade de inclusão do município de Ponte Nova como sendo atingido pela lama da Barragem de Fundão, pertencente à mineradora Samarco, esteve novamente em pauta, desta vez na assembleia de 12/5 da Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Piranga.
A defesa – perante representantes da Fundação Renova (vinculada à Samarco) – coube a José Adalberto Rezende, secretário-executivo da Amapi, considerando que o município pontenovense faz parte da Bacia do Rio Piranga, o qual tem confluência com o rio do Carmo para formar o rio Doce a 5km do limite de Ponte Nova.
O prefeito pontenovense, Wagner Mol/PSB, disse que também espera a correção “desta falha” no estudo da Samarco que definiu investimento na área afetada pela lama. “O saneamento do rio Piranga é fundamental para a recuperação da Bacia do Doce”, assinalou o prefeito.
Os representantes da Fundação, Álvaro Pereira/coordenador de projetos e José Ricardo Ferreira/gerente de Relações Institucionais, explicaram os projetos em andamento referentes à recuperação de nascentes e ao atendimento de comunidades rurais atingidas.
Silvério da Luz/PT, prefeito de Rio Doce, explicou as diretrizes já tomadas pela comissão formada por prefeitos de municípios atingidos pela lama da Samarco para tratar sobre a questão da destinação final de resíduos sólidos retirados da calha dos rios atingidos (Gualaxo, do Carmo e Doce), especialmente no entorno da Hidrelétrica de Candonga.
Segundo Silvério, em breve será lançado projeto-piloto envolvendo 15 municípios vinculados ao Consórcio Intermunicipal Multissetorial do Vale do Piranga/Cimvalpi. Os prefeitos devem promover diagnóstico dos danos e estudo para implantação de aterro regional.