Desde sexta-feira, 30/9, Carlos Roberto de Lima (Roberto da Farmácia) e seu vice Rangel Martins/ambos do PT de Oratórios renunciaram à campanha eleitoral, mesmo com a Justiça Eleitoral/ZE acatando mais um recurso da dupla para permanecer concorrendo ao pleito oratoriense.
Não obtivemos detalhes dos motivos da renúncia. Grimaldo Martins de Souza, chefe de Cartório da 224ª ZE confirmou, hoje, a renúncia em entrevista à Imprensa. Segundo ele, como o nome e o número de Roberto já estavam lançados na urna eletrônica, não tem como impedir o voto nele. Todavia, tais votos não serão computados nem aparecerão no resultado oficial do Tribunal Regional Eleitoral/TRE.
Como esta FOLHA já informou, os dois se habilitaram para a candidatura e houve pedido de impugnação – assinada pela promotora Carolina Queiroz. Ocorre que, em 22/4/2015, Roberto foi afastado do cargo de prefeito – por ato judicial – em meio a processo por improbidade administrativa, que também afastou Rangel, então secretário de Administração de Oratórios.
Ainda em 16/11/2015, o Tribunal de Justiça/TJ de MG publicou acórdão sobre o agravo de instrumento requerido pelo prefeito afastado. Roberto contestou o deferimento judicial de seu afastamento, oficializado ainda em 22/4/15, em decorrência de denúncias que levaram à posse do vice-prefeito, Ari Leal Soares/PSD.
Na 5ª Câmara Cível do TJ , a permanência de Roberto fora do cargo ocorreu pelo voto de três desembargadores, vencido o voto do vogal Luiz Carlos Gambogi. Prevaleceu o teor da liminar de abril/15, deferida pela juíza Denise Canêdo Pinto, da 2ª Vara Cível da Comarca/PN. Em decisão liminar, a magistrada afastou o prefeito e 2 secretários municipais: Rangel Martins da Silva/Administração e Mauro César dos Santos/Educação.
A juíza avalia, desde então, ação de improbidade administrativa proposta pelo Ministério Público/MP, via promotor de Justiça Henrique Kleinhappel Andrade, relacionando mais 3 réus: Ricardo Silva de Lima/filho do prefeito, Maria Lúcia Pereira Merique/sogra de Ricardo e Cláudio Miranda Aniceto/comerciante. A juíza Denise concluiu que há “fortes indícios” de que o prefeito e seu filho utilizariam de “testas de ferro” para obter dinheiro em licitações supostamente fraudulentas em 2014.