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Sede da agência do BB em Ponte Nova vai a leilão em 25/6

Como esta FOLHA apurou, o leilão - com R$ 4,4 milhões de lance inicial - ocorrerá às 15h. A agência deve mudar-se para o bairro Guarapiranga
InícioESPECIAL‘O ato de doação é simples, iluminado por Jesus’, agradece Luciano Teixeira

‘O ato de doação é simples, iluminado por Jesus’, agradece Luciano Teixeira

 O pontenovense Luciano Teixeira, 52 anos, recupera-se nesta semana de transplante cardíaco ao qual se submeteu em 26/2 na Santa Casa/BH. Ele confirmou, para esta FOLHA, que o doador foi um jovem viçosense cuja morte cerebral – decorrente de acidente vascular cerebral – foi atestada naquela data, no Hospital Arnaldo Gavazza/Ponte Nova (leia aqui). 
 
Luciano é contador, casado com Deise Teixeira. O casal tem os filhos Pedro e Luísa. Atleticano dos bons, ele se projetou na comunidade pontenovense como agente de pastoral da Paróquia São Pedro/Palmeiras e como presidente do Diretório do PT. Nesta semana, por telefone e pelo WhatsApp, ele falou com a nossa Reportagem.
 
FOLHA – Qual o histórico de saúde que gerou sua inclusão na fila de transplantes?
 
Luciano – A minha inclusão na fila teve um histórico inicial no tempo em que fui diagnosticado com a Covid-2019. Há muito tempo eu já tinha, sob controle, a Doença de Chagas (*), mas com o coronavírus a doença voltou e atacou de vez o meu coração. Procurei o médico Omar Barbosa Meira e fui indicado diretamente para Belo Horizonte, iniciando então, via Sistema Único de Saúde/SUS, os exames necessários para entrar na fila do MG Transplantes.
 
 FOLHA – Como foi o tempo de espera? 
 
Luciano – No início de janeiro de 2022, fui cadastrado na fila, passando a me submeter a consultas de avaliação, sempre pelo SUS, com total eficiência, embora tenha feito alguns exames pela via particular. O tempo de espera para mim não foi muito penoso pela minha condição física. Sei que muitos pacientes não conseguem e ficam às vezes internados, à espera. Pude  ficar em casa aguardando o chamado.
 
FOLHA – Quando e onde houve a cirurgia? 
 
Luciano – Em 26/2, na Santa Casa/BH, pela equipe do dr. Sílvio Amadeu, hoje premiado nacionalmente pelo seu desempenho. No pós-operatório, a sensação é de paz no encontro da mente com o coração. Ajustes terão que vir, mas sei que tudo ocorrerá em conjunto com minhas condições de mente e coração. 
 
FOLHA – Qual foi o seu suporte de fé?
 
Luciano – Eu e minha família somos católicos. Acreditamos que Maria sempre intercede por nós quando buscamos por ela, tendo fé e gratidão. Creio na Sagrada Família. É tudo que Deus nos deu de melhor.
 
FOLHA – O que você tem a dizer para a família do doador? 
 
Luciano – De acordo com a legislação vigente, não se pode divulgar o nome do doador. Mas eu digo que a família dele sempre estará em minhas orações matinais e, de coração, terá minha eterna gratidão. O ato de doação é simples, iluminado por Jesus. Se todos assimilassem a possibilidade por este lado, seria ótimo. O tempo em que estou convivendo com os médicos, trabalhadores da saúde e transplantados me leva a aprender muitas coisas sobre o milagre da vida. E não me canso de orar, pois Ele é grande.
 
(*) – Doença causada por um parasito e transmitida principalmente através do inseto chamado de barbeiro. O agente é o protozoário Trypanosoma cruzi. No homem e nos animais, ele vive no sangue periférico e nas fibras musculares, especialmente nas cardíacas.

 

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