O prefeito Wagner Mol/PSB disse, na abertura da Conferência Municipal de Saúde, na manhã desta sexta-feira (28/7), que “a população pode ficar tranquila, pois não haverá o fechamento da Maternidade e da UTI Neonatal do Hospital de Nossa Senhora das Dores/HNSD”. A Conferência termina no final desta tarde, na sede da Câmara Municipal, com extensa programação.
Conforme o chefe do Executivo, a prestação desses serviços essenciais implicam custeio público via convênios estaduais e federais, num cenário a ser equacionado com a Direção do HNSD na reunião de 1º/8, na Sala de Reuniões do Hospital. Como esta FOLHA já informou, a Direção do Hospital anunciou a reunião prevendo “deliberações sobre a sequência do serviço da Maternidade, Obstetrícia e da UTI Neonatal no atual modelo de remuneração”.
O convite, enviado para dirigentes municipais de saúde, prefeitos, autoridades regionais do setor e convidados, é assinado por Francisco Rodrigues da Cunha Neto/provedor da Irmandade do HNSD, Ronaldo Rafael de Oliveira/administrador e Renato Jorge Medeiros/diretor-técnico. A expectativa é de ouvir indicativos de busca de saída até 10/8.
Na prática, como anteciparam Francisco e Ronaldo para esta FOLHA, deve haver comunicado formal sobre a desativação dos serviços acima citados em 60 dias (20/9), como forma de minimizar a crise financeira da Instituição. A deliberação foi tomada ainda em 4/7, em reunião ampliada da Mesa Administrativa da Irmandade.
Nos discursos de abertura da Conferência, apenas Wagner citou a polêmica relativa ao HNSD. Houve pronunciamentos protocolares de seus convidados na mesa: vice-presidente da Câmara, Carlos Montanha/PMDB; superintendente regional de Saúde/PN, Ademar Fernandes Moreira; secretária de Saúde/PN, Ariadne Salomão; e presidente do Conselho Municipal de Saúde, Maria Cosme Damião.
Wagner resumiu os “desafios da saúde” nos seis primeiros meses de sua gestão, referindo-se, especialmente a problemas estruturais. Ele citou o caso de goteira na Unidade Básica de Saúde/UBS do bairro São Pedro e as filas nos hospitais da cidade de pacientes que poderiam receber atendimento na rede de UBSs. O prefeito anunciou, para fins de agosto, a implantação de Setor de Pediatria no Sammdu.
O prefeito ainda mencionou a obra da Unidade de Pronto Atendimento/UPA 24 Horas, cuja sede, conclusa desde fins de 2016 com verba federal, permanece fechada por motivos diversos, a começar pela necessidade de adequação do custeio. “Sou a favor da UPA, desde que venha dinheiro novo. A população não pode pagar com a retirada de verba de outro setor da saúde”, resumiu ele.