Diante do discurso do prefeito empossado, Wagner Mol/PSB, com fortes restrições à operacionalização da Unidade de Pronto Atendimento/UPA 24 Horas, o ex-prefeito Guto Malta/PT disse a esta FOLHA que “os argumentos [de Wagner] são frágeis e distantes do conhecimento sobre a UPA e seus desdobramentos. A população precisa se mobilizar para exercer pressão e colocar a Unidade para funcionar”.
“Não consigo vislumbrar uma cidade do porte da nossa, tendo gestão plena da saúde, prescindir de todos os benefícios da UPA no atendimento de urgência e emergência, contando com investimentos dos Governo Federal e Estadual. Além do mais, a UPA funciona como Central de Regulação e exerce controle sobre as intervenções e internações [pelo SUS] nos hospitais”, acrescenta Guto.
O ex-prefeito explica que a UPA “é resolutiva. A obra está quase pronta, o recurso está disponível. Onde está a ficção? Ou onde está a obsessão em inviabilizar a UPA e entregar a gestão da saúde pública para o Hospital Gavazza? Deixamos parte dos equipamentos [adquiridos] e recursos para aquisição dos demais. O Cisamapi [Consórcio Intermunicipal de Saúde] está aí para gerenciar”, acrescenta Guto.
Segundo Guto, “tem dinheiro dos outros municípios [para manter a Unidade], pois hoje eles contratam serviço do Hospital Arnaldo Gavazza/HAG acima da tabela do SUS via Cisamapi. O próprio Consórcio, em decorrência da deliberação de sua assembleia, teve gastos com o planejamento estratégico da UPA”, conclui Guto.