Débora Moreira – Farmacêutica da Droga Hera / CRF 35.904
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Quem acompanha os noticiários tem visto um sinal de alerta para o aumento de casos de sarampo em algumas regiões do Brasil. Só nos seis primeiros meses de 2019, foram 142: os números são do Ministério da Saúde.
Já a Organização das Nações Unidas (ONU) relata a incidência de 350.000 casos da doença registrados no ano passado em todo o mundo. O dobro em relação a 2017.
Os dados são preocupantes, visto que o sarampo foi praticamente erradicado em 2016, mas voltou com força em 2018. Isso por conta da diminuição da cobertura de vacinação. A ONU ainda mostra que, em 2018, quase 20 milhões de crianças no mundo não receberam vacinas que evitam doenças fatais, entre elas a dose contra o sarampo.
O aumento desses números tem muito a ver com mitos e inverdades que circulam sobre a vacina, atrapalhando o trabalho sério das entidades de saúde e colocando em risco ações de combate à doença. O movimento antivacina tem crescido no mundo baseado em histórias mal contadas e em teorias da conspiração.
Por isso é importante ressaltar que a vacinação é a única maneira de prevenção. Quem recebe a dose está imunizado e não corre o risco de contrair a doença. Há sim um grupo grande de pessoas que não pode receber a vacina por conta de eventuais riscos à saúde. Entre elas, crianças menores de 1 ano, pessoas com sistema imunológico comprometido, grávidas e idosos que não foram vacinados antes, além de pessoas com certos tipos de alergia.
Diante de todo este cenário, fica aqui o alerta como profissional da saúde. O sarampo voltou a circular no Brasil. Por isso, não facilite! Se você faz parte do grupo de pessoas que pode receber a vacina e ainda não foi vacinado, procure a sua unidade de saúde e peça orientação. Vacinar é proteger!