Izabela Bartholomeu – Ginecologista e obstetra – CRM 53124/MG
* Especialista em Reprodução Humana, preceptora de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, médica dos Hospitais de Nossa Senhora das Dores e Arnaldo Gavazza e professora de Medicina na Faculdade Dinâmica
Consultório – Av. Dr. Otávio Soares, 108/Salas 801 e 802 – Mila Center – Palmeiras/Ponte Nova, fone (31) 3817-2750

O Agosto Dourado foi instituído pela Lei Estadual nº 14.726/2015 e a Lei Federal nº 13.435/2017, com o objetivo de enfatizar as ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. A Organização Mundial da Saúde/OMS e o Ministério da Saúde recomendam o aleitamento materno por dois anos ou mais, sendo exclusivo nos primeiros seis meses.
A amamentação é essencial para garantir as necessidades nutricionais dos bebês e, de acordo com levantamento da OMS, reduz em 13% as chances de mortalidade até os cinco anos, além de promover ganhos para o desenvolvimento do cérebro e o crescimento físico adequado, o que se reflete ao longo de toda a vida da criança. A prática também é benéfica para a mulher, pois amamentar até os seis meses diminui o risco de câncer de mama e ajuda no pós-parto, já que o útero se contrai e volta ao tamanho normal mais rapidamente.
O aleitamento é recomendado até os dois anos ou mais e de forma exclusiva até o 6º mês do bebê e deve começar logo após o parto. A amamentação é a forma mais completa de alimentação e absorção das defesas necessárias para o organismo.
Amamentar pode ser uma atividade exaustiva nas primeiras semanas e exige persistência. Assim como o bebê, a mulher precisa ser treinada para este período, para que ele seja com o mínimo de complicação e esforço. O leite materno garante que a criança receba anticorpos para proteção contra doenças, como as infecções intestinais e respiratórias, diabetes e obesidade.
A amamentação na primeira hora de vida é importante tanto para o bebê quanto para a mãe, pois auxilia nas contrações uterinas, diminuindo o risco de hemorragia. Outros benefícios para as mamães referem-se ao seu efeito hormonal, que normalmente induz à falta de menstruação e reduz o risco de câncer de ovário e de mama.
É preciso atenção com o que é consumido pela lactante. O cuidado com a hidratação deve ser redobrado, já que a parte líquida do leite é produzida a partir da hidratação da mãe. Com o aumento da demanda de água no organismo, é possível sentir mais fome e sede e, por isso, a mulher que está amamentando pode ficar desidratada. Para a hidratação, o recomendado é beber muita água e evitar líquidos açucarados que contribuam para sobrepeso.