Bransildes Terra – Médico especialista em Urologia – CRMMG 51139 – RQE 33058
– Membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica e professor de Medicina na Dinâmica
– Consultório – Av. Dr. Otávio Soares, 108 / Sala 801 – Mila Center – Palmeiras/Ponte Nova (31) 3817-2750
– Atende também no Hospital de Nossa Senhora das Dores

Faleceu semana passada o ator Léo Rosa, vítima de um câncer que se iniciou nos testículos. Ele tinha apenas 37 anos.
Os testículos se localizam dentro da bolsa escrotal e são responsáveis pela produção dos espermatozoides e da testosterona – o hormônio sexual masculino.
Embora represente apenas 1% dos tumores que afetam os homens, a incidência de câncer de testículo tem aumentado nos últimos anos. A doença acomete especialmente adultos jovens, entre 20 e 40 anos, fase de maior atividade sexual e reprodutiva.
Não existe ainda a causa definida para o câncer de testículo, mas sabe-se que alguns fatores de risco podem estar associados ao aparecimento da doença. O mais comum é a criptorquidia, isto é, a permanência do testículo fora da bolsa escrotal depois do nascimento.
Os outros são algumas síndromes genéticas raras, traumas crônicos e história familiar da doença.
O principal sinal da doença é o aparecimento de um nódulo (caroço) endurecido e indolor no testículo. A suspeita de câncer de testículo pode ser levantada durante o autoexame ou numa consulta médica de rotina. Após a palpação de qualquer alteração no testículo, deve-se prosseguir com o exame de ultrassonografia, que pode revelar a existência do tumor.
Como não se conhece a causa do câncer testicular, não existem maneiras seguras de prevenir a doença. A exceção são os casos de criptorquidia, que devem ser corrigidos tão logo seja possível. O autoexame realizado todos os meses representa, no entanto, um meio de detectar qualquer alteração importante para o diagnóstico precoce.
O tratamento do câncer de testículo é a cirurgia por via inguinal (orquiectomia radical) para a remoção do testículo afetado. A recuperação costuma ser rápida e não há comprometimento da potência sexual, se apenas um testículo for retirado.
Quando há sinais de metástases (doença avançada), o paciente deve receber aplicações de quimioterapia acompanhada ou não de radioterapia.
O tratamento dos tumores de testículo pode induzir a infertilidade definitiva ou temporária.
Por precaução, portanto, é recomendável, após a retirada do testículo, sob a orientação de um urologista, colher esperma e guardá-lo num banco apropriado para esse fim. Fazer o autoexame dos testículos, seguindo as orientações do seu médico-urologista, especialmente se tem história anterior de criptorquidia ou de tumor de testículo, é a melhor maneira de fazer o diagnóstico precoce da doença.