Em abril de 2016, o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Piranga/Cisamapi recebeu estudo assinado por Daniel José da Silva, consultor em saúde, cuja empresa tem sede em Cipotânea/MG, sobre a viabilidade do custeio regionalizado da Unidade de Pronto Atendimento/UPA 24 Horas, em fase final de obra, no bairro Guarapiranga, em Ponte Nova.
Esta FOLHA teve acesso a parte do documento mencionado, na semana passada, por Silvério da Luz/PT, prefeito de Rio Doce e presidente reeleito do Consórcio. Daniel emitiu parecer a partir do projeto da UPA de Ponte Nova, que é do Tipo 2 (“aplicável a região com população entre 100.001 a 200.000 habitantes, compreendendo, portanto, a população de toda a nossa microrregião”).
De fato, a abrangência da atuação do Cisamapi envolve, em estatísticas de 2015, um total de 223.510 habitantes, distribuídos nos seguintes municípios:
– Abre Campo/13.719 habitantes; Acaiaca/4.056; Alvinópolis/15.619; Amparo do Serra/4.971; Barra Longa/5.799; Diogo de Vasconcelos/3.923; Dom Silvério/5.348; Guaraciaba/10.532; Jequeri/12.946; Oratórios/4.686; Piedade de Ponte Nova/4.203; Ponte Nova/60.005; Raul Soares/24.394; Rio Casca/14.247; Rio Doce/2.600; Santa Cruz do Escalvado/5.003; Santo Antônio do Grama/4.103; São José do Goiabal/8.284; São Pedro dos Ferros/5.673; Sem Peixe/2.814; e Urucânia/10.585.
“Nossa entidade está pronta para atuar como facilitadora do custeio”, disse Silvério. Ele acrescenta que, avaliando o estudo em meados do ano passado, houve concordância dos prefeitos a partir de apresentação do então prefeito de Ponte Nova, Guto Malta/PT.
Conforme o documento, há expectativa de média de 300 atendimentos/dia, considerando-se urgência e emergência nas áreas de clínica geral, pediatria e ortopedia, bem como procedimentos de enfermagem, como curativos, nebulização e medicação, imobilização por gesso, suturas, eletrocardiograma e radiografia.
Este jornal não teve acesso à projeção de participação financeira de cada Prefeitura. Sabe-se, contudo, que se projetava repasse das Prefeituras para a gestão da UPA via Cisamapi, em valores menores do que os atualmente pagos ao Hospital Gavazza pelo atendimento aos usuários do SUS originários da microrregião.