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Colesterol elevado contribui para a recorrência do câncer de mama

Izabela Bartholomeu – Ginecologia/Obstetrícia – CRM 53124/MG
 
Especialista em Reprodução Humana, preceptora de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, médica do Hospital de Nossa Senhora das Dores e professora de Medicina na Faculdade Dinâmica  
 
Consultório – Av. Dr. Otávio Soares, 108/Salas 801 e 802 – Mila Center – Palmeiras/Ponte Nova,  fone (31) 3817-2750
 
 
O câncer de mama continua a ser o mais comumente diagnosticado em mulheres e é a segunda maior causa de morte neste público. Assim, além de desenvolver tratamentos novos e eficazes, há interesse significativo da comunidade científica em definir os fatores de risco para o câncer de mama.
 
Com estas informações, poderão desenvolver-se estratégias quimiopreventivas e de modificação do estilo de vida, as quais podem ajudar a reduzir a incidência dessa doença.
 
Pesquisadores têm procurado conectar o colesterol ao câncer de mama há algum tempo. O colesterol elevado é uma comorbidade da obesidade e postula-se que o colesterol pode mediar os efeitos pró-metastáticos da obesidade.
 
Dados epidemiológicos sobre a relação entre o risco de aparecimento de câncer de mama e colesterol são controversos. Há forte evidência clínica, no entanto, do papel do colesterol na sobrevivência e recorrência do câncer de mama. Assim, pode-se dizer que o colesterol total elevado está associado ao aumento da recorrência do câncer de mama. 
 
Vários estudos indicam que pacientes usuárias de estatinas (medicamentos utilizados para diminuir os níveis de colesterol no sangue) apresentam recorrência do câncer de mama após um tempo significativamente maior que as não usuárias. 
 
Finalmente, artigo publicado recentemente, incluindo 8.010 mulheres na pós-menopausa, verificou que tomar medicação para reduzir o colesterol está associado ao maior tempo de sobrevida livre da doença, bem como ao maior intervalo livre de recorrência da doença. 
 
Tendo em vista estas observações, parece que o colesterol é mediador de alguns dos efeitos da obesidade na metástase de câncer de mama. O metabolismo do colesterol no organismo produz uma molécula que é capaz de promover o crescimento de tumores receptores de estrogênio positivos (tipo de tumor provocado por estímulo hormonal).
 
Estudos constataram níveis elevados destas moléculas em tumores de mama quando comparados ao tecido mamário normal. Verificou-se também  expressão aumentada de proteínas envolvidas na regulação dos níveis de colesterol e associação delas a um tipo de tumor mais agressivo. 
 
Além de seus efeitos sobre o crescimento do tumor primário, essa molécula resultante da metabolização do colesterol também facilita a metástase do câncer de mama e de outros tipos de cânceres como: de cólon,  de pulmão, melanoma (um tipo de câncer de pele) e pancreático.
 
Desta forma, devemos assumir hábitos de vida saudáveis, como alimentação balanceada e prática regular de atividade física para manutenção dos níveis de colesterol sob controle. 
 
As consultas de rotina ao ginecologista para a realização de exames de check-up geral e de rastreamento, como, por exemplo, a mamografia, permitem diagnóstico e tratamento precoce de possíveis alterações, sendo extremamente importantes!
 
Cuide-se! Mantenha sua saúde em dia!
 
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