Parceria entre o Conselho Municipal Antidrogas/Comad – via Prefeitura pontenovense – e a Defensoria Pública viabiliza, em 23/5 (próxima quarta-feira), das 8h às 16h, no Auditório da OAB, no Centro Histórico, Seminário sobre Redução de Danos.
Tal evento ficou definido na semana passada, durante reunião do Comad, o qual ainda agendou passeio ciclístico contra as drogas para a manhã de domingo próximo (20/5). O Seminário tem como público-alvo profissionais de saúde, educação, assistência social e outros segmentos.
A pré-agenda obtida por esta FOLHA menciona, na abertura, a palestra “ A lógica do cuidado na redução de danos”, com o psiquiatra Rafael Mansur. Ainda pela manhã, representante da Secretaria de Saúde/MG (a ser designado) falará sobre a política estadual para o setor de saúde mental. Em seguida, Sérgio Martins, psicólogo da Prefeitura de Mariana, prestará informações sobre a experiência da redução de danos nesse município.
Também pela manhã, ocorre mesa-redonda sobre descriminalização do cuidado, com mediação de Paula Guimarães Castro, enfermeira especialista em Psiquiatria e professora da Faculdade Dinâmica. Após o almoço, relatos de “experiências exitosas” e estudo de casos com a mediadora Ludmila Venturini Almeida, psicóloga da Secretaria de Saúde de Ponte Nova. O encerramento está previsto para as 16h.
Na divulgação do Seminário, Ludmila redigiu texto explicando que a proposta da redução de danos se baseia na criação de políticas e programas que possam ajudar a diminuir os riscos e consequências desagradáveis relacionadas ao uso e abuso de álcool e outras drogas, tanto para os usuários como para suas famílias e comunidades. Tal proposta compreende estratégias direcionadas a pessoas que não querem ou não conseguem evitar o uso de drogas.
Destacou a psicóloga: “Trabalhar em redução de danos implica promover cuidados de maneira diferenciada na qual o usuário não se torna alvo de segregações, estereótipos e preconceitos relacionados ao uso de álcool e outras drogas e suas implicações desagradáveis, mas sim um ator indispensável no processo de busca de melhoria de qualidade de vida.”
Ludmila continua: “Para tanto, a rede de trabalho intersetorial precisa trabalhar de maneira integrada, realizando constantes contatos e extensão de cuidados. Cabe aos profissionais desta rede investir em promoção e manutenção de vínculos de confiança que os aproximem dos usuários e os auxiliem na diminuição dos riscos do uso de drogas, neles despertando o desejo de se cuidar."