O Hospital Arnaldo Gavazza/HAG possui parceria com o Complexo MG Transplantes para doação/captação de órgãos e tecidos. Para que todos os processos ocorram de forma legal e eficaz, o HAG conta com atuação constante da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante/CIHDOTT, composta pelo médico e diretor-técnico, Rovilson Lara/coordenador, Izabela Baião/psicóloga e vice-coordenadora, Mariana Fialho e Janaína Guiducci/ambas assistentes sociais, Roberta Floresta e Marina Boroni/ambas enfermeiras.
Em 11/7, as 2 enfermeiras atuaram em procedimento de enucleação de globo ocular – procedimento cirúrgico no qual o globo ocular é totalmente removido para transplante – de paciente cuja identificação foi preservada. Sabe-se que uma era do sexo feminino, de 54 anos, com morte encefálica comprovada.
Aqui no Hospital, nós retiramos o globo ocular e encaminhamos ao Banco de Olhos do MG Transplantes para que sejam selecionadas as córneas e encaminhadas aos pacientes que estão na fila de espera, relatou a enfermeira Marina. Após a enucleação, o globo ocular captado deve ser encaminhado imediatamente ao Banco de Olhos.
A situação atual dos transplantes de córnea no Brasil tem registrado avanços significativos. A cirurgia está disponível para um número cada vez maior de pessoas. Mas existem aproximadamente 25 mil brasileiros na fila, à espera pela doação, relatou Marina Boroni. Dados do Ministério da Saúde apontam que o número de transplantes de córnea em Minas Gerais tem aumentado, porém ainda há um número considerável de pacientes na fila de espera por tecido ocular.
Com a finalidade de melhorar o cenário atual em Minas Gerais, o Banco de Olhos de MG Transplantes realiza capacitações de profissionais para enucleação de globo ocular, de modo a aumentar a captação desse tecido. Na região de Ponte Nova, as enfermeiras do HAG Marina Boroni e Roberta Floresta são as únicas capacitadas, pelo MG Transplantes, para realização desse procedimento.
O passo principal para ser doador é conversar com a família e deixar bem claro o desejo. Não é necessário deixar nada por escrito. Os familiares, porém, devem comprometer-se a autorizar a doação, por escrito, após a morte. A doação de órgãos é um ato pelo qual a pessoa manifesta a vontade de que, a partir do momento da constatação da morte encefálica, uma ou mais partes do seu corpo (órgãos ou tecidos), em condições de serem aproveitadas para transplante, possam ajudar outras pessoas. Fonte: MG Transplantes.