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InícioSAÚDEFamília de Ponte Nova em destaque na chegada da vacina da Índia

Família de Ponte Nova em destaque na chegada da vacina da Índia

Entre as primeiras vacinadas contra a Covid-19 na sede da Fundação Oswaldo Cruz/Fiocruz, no Rio de Janeiro, nesse sábado (23/1), estava a médica Sarah Ananda Gomes, nascida em Goa, no sul da Índia (assista no vídeo abaixo).  O ato se constituiu numa forma de homenagem ao país de origem dos 2 milhões de doses do imunizante Oxford/AstraZeneca, negociados pelo Ministério da Saúde.

Sarah é filha do pontenovense Elson de Barros Gomes Júnior, cônsul honorário da Índia em Minas Gerais. A mãe dela é Heloísa Maria Cifuentes  Gonçalves. Oriundos de Ponte Nova, os avós paternos de Sarah e Leonardo – Elson de Barros Gomes e Maria Luíza Vieira Gomes (Luizinha) – residem atualmente em Belo Horizonte. Elson e Luizinha foram dirigentes do Grupo da Fraternidade Irmão Fritz.

O carregamento com dois milhões de doses da vacina produzidas no Instituto Serum, na Índia, chegou ao Rio de Janeiro na noite de 22/1 e, depois da agenda na sede da Fiocruz – parceira na fabricação no Brasil -, houve distribuição de estoques para os estados.

Minas Gerais recebeu 190 mil doses nesse domingo (24/1) e a expectativa é de que, nesta terça-feira, o estoque do Vale do Piranga chegue na sede da Superintendência Regional de Saúde. Na quarta-feira, espera-se a distribuição para Ponte Nova e mais 29 municípios.

Além de Sarah, esteve em evidência na solenidade da Fiocruz, o irmão dela, Leonardo Ananda Gomes, cônsul honorário da Índia no Rio de Janeiro. Ele discursou em nome do Governo indiano, desejando que outras remessas da vacina cheguem ao Brasil em curto prazo (acompanhe na íntegra o discurso no vídeo abaixo).

Como o site desta FOLHA já informou (leia aqui), o cônsul Elson interferiu para a conclusão da negociação Brasil/Índia, chegando a viajar para aquele país. Por isso, a homenagem da Fiocruz à família com a imunização de Sarah. Esta trabalha na Enfermaria, UTI e Pronto-Socorro do Hospital Felício Rocho/BH, integrando comissões de tratamento da Covid-19.

“Apesar da sobrecarga, tanto para atender os pacientes, como os parentes e os próprios colegas de trabalho que estão num momento muito difícil emocionalmente e fisicamente, a gente se uniu. E isso foi uma das coisas positivas. Eu tive contato com pessoas do Brasil todo para acertar protocolos”, disse Sarah ao Portal G1, para continuar:

“Todo mundo se mobiliza para salvar pacientes, auxiliar os familiares e os colegas de trabalho que estão sofrendo, em luto, por tantas vidas que foram perdidas. Então, foram criados [no Felício Rocho] diversos grupos de trabalho em conjunto com diversas instituições. E isso foi algo muito positivo.”

Sarah contou que, com a pandemia, toda a sua equipe teve que se reinventar, com visitas virtuais aos pacientes em isolamento e conferências virtuais com as famílias para transmitir os boletins médicos. "Isso foi muito importante, tanto para o paciente ter esse contato, quanto para a família que não podia ficar sem as notícias. E por vídeo a gente percebeu que é muito melhor do que por telefone, porque você consegue ver, visualizar, acolher aquele familiar”.

Num recente artigo, Sarah escreveu que só a vacinação em massa pode-se controlar a pandemia. Para ela, "rivalidades políticas ou qualquer outra fonte de divergências devem ser deixadas de lado. Não importa qual país, qual vacina, qual instituto será parceiro”.

“Se as vacinas passaram por todos os testes adequados e por todas as fases para serem aprovadas para uso emergencial pelo Comitê Técnico da Anvisa, elas são seguras para serem aplicadas na população. É o que importa", sublinhou a médica, ao fazer uma revelação:

– “Não fui atingida pela pandemia, mas ela afetou o meu âmbito familiar. Meu pai se contaminou, ficou em estado grave, foi para a UTI, e, durante 14 dias, tive que lidar com a imensa dor de uma filha ao ver um pai pedir por ar, ao mesmo tempo em que eu também era uma médica que precisava raciocinar rápido para tomar decisões assertivas que pudessem salvá-lo".

Falando ao G1, ela agradeceu a ajuda dos colegas, principalmente nesse período, e falou sobre a experiência de ver a doença com dois olhares distintos:

-"Estar do outro lado é um enorme aprendizado, de várias formas. Quando unimos nossas essências verdadeiras somos capazes de atingir coisas inimagináveis. Desde curar almas adoecidas, propiciar a recuperação de muitos doentes e até mesmo realizar uma vacinação em massa por todos os meios, em todo o país, e sermos capazes de finalmente conter uma crise dessa magnitude”.

O Portal G1 divulgou as fotos desta notícia e resumiu a trajetória profissional de Sarah: especialista em Clínica Médica, com área de atuação em Medicina Paliativa pelo MEC, no Hospital das Clínicas/SP, tem experiência em Medicina Paliativa nos EUA: na Harvard Medical School/Boston, no TRU Hospice/Denver e no Hospital da Universidade de Illinois/Chicago.

 

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