Em comemoração pelo Janeiro Roxo, mês alusivo à conscientização e ao combate da hanseníase, a Superintendência Regional de Saúde/SRS de Ponte Nova divulgou em 13/1 Boletim de Vigilância Epidemiológica da Hanseníase.
O estudo do Núcleo de Vigilância Epidemiológica/Nuvepi, chefiado por Mônica Maria de Sena Fernandes Cunha, abrange casos de 2017 a 2024 nos 30 municípios da área da SRS, a partir de registros do Sistema de Informação de Agravos de Notificação/Sinan:
– O número de casos na microrregião decresceu entre 2017 e 2020 (de 7,06 casos para 1,42 caso por 100 mil habitantes). De 2021 a 2023, pequeno crescimento (de 1,90 a 4,28), registrando-se queda em 2024 (para 0,48). Não há informe por município.
A doença, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, é transmitida por tosse, espirro, secreções nasais e fala da pessoa contaminada e sem tratamento. Atinge a pele e os nervos periféricos, como os das mãos e pés, causando perda de sensibilidade, e, se não tratada, pode comprometer os movimentos dos membros.
A publicação revela que a Microrregião de Ponte Nova não alcançou a meta do Plano Estadual de Enfrentamento da Hanseníase (aumentar a detecção geral de casos novos em 10%). Explicou Mônica: “A justificativa está no elevado número de municípios silenciosos [não relacionados], no período de pandemia da covid-19 e na falta de profissionais capacitados em ações de controle da hanseníase, entre outras motivações.”
Para Mônica, é de extrema importância que os dirigentes da Saúde dos Municípios assumam, na Atenção Primária à Saúde, ações voltadas para a detecção precoce da doença, intensificando a busca ativa, bem como o acompanhamento e monitoramento dos casos de hanseníase e de seus contatos.
Dados epidemiológicos
O boletim enfatiza a taxa de detecção anual de casos novos em pacientes menores de 15 anos, o que permite inferir sobre a transmissão recente da doença e as dificuldades dos programas de saúde no controle. Outros dados na Micro/PN: a faixa etária mais incidente foi de homens entre 50 e 59 anos, predominando pacientes pardos (47,67%), brancos (30,23%) e negros (19,77%). A dirigente do Nuvepi cobra ação firme dos profissionais de saúde, por meio da Educação em Saúde com a finalidade de aumentar a detecção de casos no território. Conclui Mônica: “Isso é primordial para reduzir preconceitos, proporcionar assistência ampla e humanizada, bem como propiciar qualidade de saúde aos indivíduos acometidos pela doença e suas sequelas.”
Para mais notícias, nos acompanhe também no Instagram!