A morte de macacos na macrorregião da Zona da Mata Norte de MG amplia o alerta das autoridades para a proliferação da febre amarela, já que o animal é hospedeiro natural do vírus causador da doença. Os mais sensíveis à doença são os barbados e, depois, o macaco-prego.
A febre amarela silvestre é transmitida através da picada de mosquitos Haemagogus, que vivem em matas e vegetações à beira dos rios. Quando o mosquito pica um primata infectado, torna-se capaz de transmitir o vírus a outros macacos e ao homem.
Em 14/1, a Imprensa regional noticiou – com imagens da Doctum TV – localização de macaco morto no Córrego dos Valerianos, no distrito de Santana do Tabuleiro, a cerca de 30km da área urbana de Raul Soares. Segundo informações da mídia, o animal foi localizado três dias antes, quando moradores perceberem o voo de urubus próximo de mata.
Pela proximidade com a divisa de Caratinga (município com diversos casos de febre amarela), a família dona da propriedade rural acionou inicialmente a Secretaria de Saúde caratinguense. Por medida de segurança, todos os moradores da localidade foram orientados a sair da propriedade rural.
Sabe-se que em 9/1 agricultores encontraram macaco morto nas proximidades de Alegria, distrito de Simonésia. Pelos jornais e sites da região, surgiram relatos de morte de outros animais desta espécie em São José do Mantimento e Santana do Manhuaçu.
Na semana passada, houve localização de corpos de primatas na Reserva Feliciano, entre Caratinga e Ipanema (município que também tem foco da febre).
Em Manhuaçu, comunicou-se, nesse domingo (15/1), o primeiro caso de homem supostamente com febre amarela, como noticiou o Portal Caparaó. Ele tem terreno na região de São Sebastião do Sacramento, distrito de Palmeiras, onde também há pequeno fragmento de mata. Naquela localidade, os moradores encontraram, neste final de semana, dois macacos mortos.
Autoridades das Superintendências Regionais de Saúde/SRS que abrangem os municípios citados contam com apoio do Estado para fazer frente à proliferação de casos da febre entre humanos. A SRS de Ponte Nova mantém alerta para a região rural raulsoarense. Em 10/1, a Secretaria de Saúde de Ponte Nova emitiu nota informando que “não há motivo de pânico" para a população local.