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Na praça do Centro Histórico, ato pela luta antimanicomial

Na manhã dessa quinta-feira (24/5), ocor­reu, na praça Getúlio Vargas/Centro Histórico, ato para marcar o Dia Nacional da Luta Antimanico­mial (18/5). Com o tema “Ser normal é ser do meu jeito. Loucura é você não me aceitar!”, o evento teve presença de pacientes do Centro de Atenção Psicossocial/CAPS e integrantes da Associação de Familiares e Usuários do Serviço de Saúde Mental de Ponte Nova/Afussam.

Segundo a diretora do CAPS, Nilmara do Carmo Lana, a coordenação do evento optou pelo adia­mento para esse 24/5, porque haveria mais usuários no Centro, possibilitando mais participação no ato público. Coincidentemente, o dia 24/5 é o Dia Mundial da Consciência sobre Esquizofrenia.

“O movimento tem por objetivo lutar pelo espaço do usuário da saúde mental. Enfren­tamos diversos desafios, e o maior deles é o preconceito. A gente então tenta trabalhar para acolher os pacientes e fa­miliares, pois muitas vezes o preconceito começa em casa. Creio que eventos em praças públicas, como este, contam muito na luta pelo fim do preconceito”, ressaltou Nilmara.

O coral da Afussam cantou “Dizem que sou louco”, composição dos Mutantes, e “É preciso saber viver”, de Roberto Carlos e Erasmo, emo­cionando o público presente. Logo em seguida, o paciente do CAPS Thales “Safadão” também se apresentou cantando brevemente trechos de uma música.

Também foram lidos poemas e foi perguntado aos presentes “O que é loucura?” As respostas foram diversas, como “loucura é não aceitar as diferenças” e “loucura é não amar ao próximo”.

Discursou, em meio a lágrimas, a enfermeira Kátia Carvalho, que trabalha no CAPS há um anos e 3 meses. “As pessoas daqui se tornam uma família para a gente. Tratamos todos com muito carinho”, disse Kátia.

O paciente Gilmar Eustáquio Caetano pediu a palavra e comentou sobre sua luta: “Fiquei recen­temente um tempo no Hospital Psiquiátrico Galba Veloso, em Belo Horizonte, e participei da Luta Antimanicomial lá em BH. Eu faço questão de dizer que a palavra ‘doido’ não existe.”

Atual diretora da Afussam, Angélia Lehner Freitas explicou a esta FOLHA que, quando os pacientes estão apresentando melhoras, pas­sam a frequentar a Entidade.

“Na Afussam, a gente os faz se sentirem úteis e iguais a todos. Promovemos teatro, passeios, trabalhos manuais, cantos e outras atividades”, de­talhou Angélia, que informou que atualmente são cerca de 40 assistidos pela Associação.

Como se sabe, o Movi­mento da Luta Antimanicomial se caracteriza pela defesa dos direitos das pes­soas com sofri­mento mental e pelo combate ao isolamento destas pessoas, vítimas de preconceito por parte da sociedade.

Defende-se a substituição progressiva dos hospitais psiquiátricos tradicionais por serviços abertos de tratamento digno e diver­sificado, a fim de se atender aos diferentes tipos de sofrimento mental.

Os interessados em conhecer mais sobre o CAPS podem entrar em contato pelo telefone (31) 3817-4475 ou ir pessoalmente até este endereço: praça Getúlio Vargas, 136 – Centro Histórico.

A Afussam aguarda – há vários meses – li­beração municipal para ocupar novo endereço destinado a suas reuniões semanais. Atualmente estas ocorrem em sala cedida na sede da Secre­taria Municipal de Educação/Semed, na rua Cantídio Drumond, 92, também no Centro Histórico.

     

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