Realizou-se em 9/6, no Hospital Arnaldo Gavazza/HAG, o primeiro procedimento de embolização de aneurisma cerebral pelo Sistema Único de Saúde/SUS.
O paciente foi internado com dor de cabeça e, nos exames de ressonância e arteriografia, identificou-se o aneurisma que motivou o procedimento acima, como informou nota hospitalar divulgada em 15/6. Em seguida, cumpriu-se o protocolo de 24 horas no CTI e um dia depois o cidadão recebeu alta sem nenhum tipo de sequela.
A equipe que realizou o procedimento foi assim composta: neurocirurgião-endovascular Marco Aurélio Vieira Couto; anestesista Pedro Henrique Nery de Sá Ribeiro; e integrantes da equipe assistente do Serviço de Hemodinâmica.
A importância da embolização é esta: "Antes, o paciente teria que aguardar vaga de transferência para se realizar o procedimento em hospital de Belo Horizonte", informa o HAG para explicar:
"O objetivo da embolização é fazer com que o sangue pare de circular dentro do aneurisma, e para isso antigamente só era possível operá-lo através de corte na cabeça e abrindo o crânio, o que chamamos craniotomia.
Nós temos agora esse tratamento, que é mais moderno e menos invasivo e é realizado através da embolização. É feita uma punção, geralmente na região da virilha, onde é colocado o cateter que é levado até o aneurisma, e nele preenche o local com molas de platina impedindo o sangue de entrar e diminuindo assim a chance de seu rompimento."
A embolização é efetuada via SUS em poucos hospitais de Minas Gerais. Em Ponte Nova, o Hospital Gavazza está habilitado porque tem estrutura completa, incluindo:
– Serviço de Alta Complexidade em Neurocirurgia; Sala de Hemodinâmica, que realiza procedimentos cardiológicos, neurológicos e vasculares; equipe com neurocirurgião- endovascular; anestesistas; e estrutura de CTI indispensável para este tipo de procedimento.
Entenda o assunto
O aneurisma é uma doença que acomete pessoas que tiveram alterações em algum vaso sanguíneo, seja veia ou artéria. É como se fosse um balãozinho de sangue que se forma na parede das artérias do cérebro e pode acontecer de se romper, causando sangramento dentro da cabeça, o que é chamado de AVC Hemorrágico, e na maioria das vezes leva a um quadro muito grave, relata informe do HAG para arrematar:
"Esta doença acomete até 6% da população. Quando um aneurisma se rompe, cerca de 10% das pessoas morrem na hora, até 50% podem morrer em torno de um mês após a ruptura e, dos que sobrevivem, dois terços ficarão com alguma sequela. Por isso, é considerada uma doença muito grave."