Laís Brasil – Clínica Médica e Endocrinologia / CRM 68.763 – RQE 48.367
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Desde 1991, o IDF (International Diabetes Federation) intitula o dia 14 de novembro como Dia Mundial do Diabetes e, junto com a campanha Novembro Azul (mesmo nome e cor da campanha de prevenção do câncer de próstata), vem lembrar a importância que o diabetes mellitus tem ganhado nos últimos anos. Isto porque o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer que mais mata homens no Brasil e o diabetes e suas complicações representam 44% das mortes nos menores de 60 anos no mundo inteiro.
Dados do IDF em 2019 mostram que há 463 milhões de pessoas com diabetes no mundo e faz previsão de aumento para 700 milhões em 2045. Desses, metade não tem conhecimento do diagnóstico por muitos anos e só descobre num momento de complicação clínica ou internação hospitalar, que podem deixar sequelas.
A preocupação maior é com as complicações do diabetes descontrolado por muitos anos, que trazem prejuízos na qualidade de vida da pessoa e onera o sistema público de saúde.
Complicações cardiovasculares são as mais graves (infarto agudo do miocárdio, amputação de dedos e membros e derrame cerebral), mas também a retinopatia com perda progressiva da visão, a nefropatia com necessidade de hemodiálise ou transplante renal e a neuropatia com dores crônicas podem acontecer.
O diabetes é uma doença crônica que causa um excesso de glicose no sangue e possui vários tipos. O tipo 1 é autoimune, quando anticorpos destroem as células produtoras de insulina, e frequentemente aparece na infância e adolescência. O tipo 2 é de causa mais ampla, de influência genética e ambiental, que leva a diferentes graus de deficiência na produção e secreção da insulina.
O tipo gestacional ocorre quando a placenta produz hormônios que aumentam a glicose e degradam a insulina. Além de outros subtipos descritos, o tratamento para todos objetiva o controle da glicose. Isso não é alcançado somente com medicações ou insulina. Boa parte desse controle necessita de conhecimento e cuidado com a alimentação, controle de peso e prática de atividade física regular.
É nisso que a campanha Novembro Azul foca, em conscientização e educação sobre diabetes para os portadores da doença, seus familiares e a equipe cuidadora, com o objetivo maior de manter bom controle por muitos anos e evitar as complicações da doença mais temidas pelos pacientes, procurando assim mudar as suas estatísticas de morbidade e mortalidade.