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Número de pediatras em Minas deveria ser sete vezes maior

Na pesquisa feita no ano passado pelo Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG), a Pediatria apareceu como a terceira especialização que mais atraía os médicos recém-formados. Mas, na prática, esses profissionais estão cada vez mais escassos nas unidades de saúde públicas e particulares do Estado. Insatisfeitos com a desvalorização da categoria, muitos estão se especializando em outras áreas da Medicina.

O repórter Ernesto Braga, do jornal Hoje em Dia, divulgou levantamento feito pela instituição que mostra que há 3.088 pediatras (incluindo cirurgiões) em Minas para 4,4 milhões de crianças e adolescentes de até 14 anos.

A média é de um profissional para cada 1.421 pessoas nessa faixa etária, sete vezes menos que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é um pediatra por grupo de 200 habitantes. Em Minas, deveriam atuar pelo menos 22 mil especialistas em Saúde Infantil.



“O problema vem-se agravando nos últimos dois anos. O pediatra existe, mas está mal distribuído pelo Estado”, afirma ao jornal Cláudio Drummond Pacheco, diretor de Assuntos Profissionais da Sociedade Mineira de Pediatria (SMP).

Ele ressalta que a maior parte dos profissionais atua em BH, deixando o interior desguarnecido. “Mesmo na Capital, há uma má distribuição. Quando nos afastamos do Centro e vamos à periferia, fica mais difícil conseguir atendimento”.

O salário defasado é um dos fatores que têm afastado os pediatras dos consultórios, de acordo com Paulo Eustáquio Pinto, do Conselho-Diretor do Sindicato dos Médicos (Sinmed-MG). “O piso defendido pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam) é de R$ 9.800 para 20 horas semanais de trabalho. Mas, para receber esse valor, os pediatras têm de trabalhar mais de 40 horas por semana”.

O presidente do CRM-MG, João Batista Soares, ressalta que, ao contrário de outras especialidades, os pediatras não têm remuneração por procedimentos, como exames e cirurgias. “Além disso, as mães criam uma dependência com esses médicos. Na rede particular, é comum eles serem procurados a qualquer hora do dia”.

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