A coordenadora da Pastoral Carcerária/PN, Maria Helena Gomes. e a agente catequista Rosimary Maria Eufrásio, estiveram em Mariana entre 2 e 4/5, participando do 16º Encontro da Pastoral Carcerária da Região Leste 2 da CNBB. Com o tema Violação da dignidade e da liberdade humana o evento reuniu cerca de 170 pessoas.
Maria Helena disse que palestraram os padres Ernesto Freitas/coordenador do encontro e de uma das microrregiões da Pastoral em Minas Gerais, Ricardo Rezende/assessor do encontro e componente da Pastoral do Imigrante) e Luiz Cláudio Vieira/assessor arquidiocesano da Pastoral Carcerária. Eles se Inspiraram na Campanha da Fraternidade 2014 que propõe reflexão sobre o tráfico humano,
Uma informação muito importante foi dada por Jaqueline (Alves/assessora jurídica da PC de Minas). Quando uma pessoa é presa, ela fica na quarentena sem ter contato com a família. Ela nos disse que isso é inconstitucional. A família tem direito de ir ao presídio e receber informações do familiar preso, comentou Maria Helena, que já planeja repassar a notícia ao diretor do Complexo Penitenciário de Ponte Nova, Rafael Bargas.
Os próximos passos após o encontro marianense é levar as informações aos demais agentes pastorais que não puderem comparecer, afinal ele só acontecerá novamente em 2015, na cidade de São João Del Rei. Entre os dias 29 e 31 de agosto, Maria Helena e Rosemary, estarão em Virginópolis (leste de Minas) para um novo encontro pastoral.
Ao final do dia 4/5, os coordenadores e representantes dos agentes pastorais carcerários do estado de Minas assinaram carta que pode ser lida na íntegra no site da Arquidiocese de Mariana (www.arqmariana.com.br/pastoral-carceraria-do-regional-leste-2-da-cnbb-quer-o-fim-das-visitas-vexatoria). A seguir os principais tópicos:
Queremos levantar nossa voz nos espaços sociais de nosso Regional, em favor dos excluídos da sociedade, especialmente dos encarcerados, por isso, continuaremos denunciando que o sistema penitenciário é desumano, violento e contrário ao Projeto de Deus, declaram os subscritantes, dispostos a lutar por:
· Pelo fim das revistas vexatórias em familiares e parentes dos encarcerados, nas visitas sociais.
· Pelo acesso a assistência à saúde, de forma prevalente como direito básico.
· Para Banir a prática da prisão indiscriminadamente, tornando-se prisão de massa, sem observância das medidas cautelares regulamentadas de acordo com o artigo 319, da Lei 12.403/2011.
· Pela Criação de Seções Eleitorais nas prisões para resgate da cidadania aos presos que não estão impedidos de votar.
· Por políticas públicas que garantem o cumprimento das penas de forma digna nas comarcas de origem.