Brunella Contarini Delgado Oliveira – Psicóloga clínica (CRPMG 04/41090)
Consultório: av. Dr. Otávio Soares, 108/Sala 912 – Mila Center/Palmeiras – Ponte Nova * (31) 98308-0504

Antes de mais nada, é importante reconhecer que a ansiedade e o medo são emoções necessárias à nossa sobrevivência, pois nos sinalizam as ameaças e perigos futuros. Especificamente, a ansiedade nos prepara diante das situações temidas, trabalhando nosso cérebro para o cumprimento de possibilidades que nos garantam proteção e cuidado.
Atualmente, esta emoção tem sido uma queixa recorrente, principalmente pela frequência excessiva com sintomas fisiológicos (insônia, taquicardia, falta de ar, cansaço excessivo etc.). Se a pessoa não está muito ansiosa, provavelmente ela conheça alguém neste estado.
No ano passado, o Brasil foi considerado o país com maior prevalência de transtorno de ansiedade no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde. Isso nos mostra o quanto vêm crescendo os casos patológicos na sociedade.
Estudos apontam que algumas das causas que justificam este aumento devem-se em grande parte ao estilo de vida, condições de trabalho e ausência de hábitos saudáveis na rotina das pessoas.
Outro agravante para surgimento dos transtornos de ansiedade é a pandemia da Covid-19, que impactou todas as áreas da vida e fragilizou o controle que o ser humano tem diante das doenças e da morte.
Infelizmente, um desafio ainda a ser superado é o preconceito. Muitos veem a ansiedade como frescura, necessidade de chamar atenção ou bobeira. Estas denominações prejudicam na procura pelo tratamento, podendo exacerbar os sintomas. Precisamos nos posicionar contrariamente a condutas que dificultam a remissão da doença.