O Dia Nacional da Luta Antimanicomial, neste sábado (18/5), teve atividades antecipadas em Ponte Nova pela Secretaria de Saúde/Semsa, que organizou – via Centro de Atenção Psicossocial/Caps – a Semana da Luta Antimanicomial, instalada em 13/5 com “Roda de Conversa sobre a Reforma Psiquiátrica” (*1), no Auditório da Semsa.
No dia seguinte (14/5), no CEU das Artes, sessão de cinema com o filme “Nise: o Coração da Loucura”, dirigido por Roberto Berliner, com Glória Pires e Luciana Fregolente (*2).
Na manhã de 15/5, ato público na praça Getúlio Vargas/Centro Histórico com o tema “É festa: viva o cuidado em liberdade!” Participaram usuários e profissionais da Rede de Atenção Psicossocial, integrantes do Grupo de Práticas Corporais e a Fanfarra da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais/Apae.
Ontem, quinta (16/5), pelas redes sociais da Prefeitura, exibição, a partir das 13h30, do vídeo “Caps – Novos Olhares”. Para a manhã de hoje, sexta (17/5), agenda-se Café Coletivo na sede do Caps, no Centro Histórico.
Durante o ato de 15/5, Lauanda Murta, coordenadora do Caps, sublinhou a relevância do evento: “Focamos na percussão da Apae e na música [voz e violão de Walison Rodrigues] com apelo ao tratamento humanizado, em liberdade, vendo o usuário como sujeito, e não somente enquanto portador de alguma doença.”
Carlão
A programação de 15/5 teve espaço para homenagem póstuma para Carlos Alberto Pires (Carlão/foto), falecido em 13/5. A enfermeira Paula Silva Guimarães Castro leu, ao lado de Carla Carraro Pires (filha de Carlão), texto alusivo à trajetória dele como funcionário do Caps:
“Seu legado viverá em cada sorriso que compartilhamos, em cada vida que tocamos e em cada passo que damos em nossa jornada pela luta antimanicomial.”
A morte de Carlão mereceu nota de pesar da Prefeitura e repercutiu também no segmento cultural da cidade, pois ele foi um dos fundadores do Bloco Carnavalesco Dondocas do Bié, que animou as folias dos anos 1980.
(*1) – O movimento surgiu na década de 1970 no Brasil e foi liderado por profissionais de saúde mental, pacientes e familiares que questionavam o modelo de asilar os pacientes e propunham nova forma de cuidado, baseada na humanização, no respeito à diversidade e na inclusão social.
(*2 ) – Nos anos 1950, uma psiquiatra contrária aos tratamentos convencionais de esquizofrenia da época é isolada pelos outros médicos. Ela então assume o setor de terapia ocupacional, onde inicia nova forma de lidar com os pacientes: pelo amor e a arte.